Investigações

Polícia Federal prende dono de empresa que prometia investir em bitcoins por suspeita de pirâmide financeira no Rio de Janeiro

Policiais apreenderam na casa do suspeito reais, dólares e euros em espécie e até barras de ouro

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Cadastrado por

Cássio Oliveira

Publicado em 25/08/2021 às 9:25 | Atualizado em 25/08/2021 às 9:25
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Dono da GAS Consultoria Bitcoin, Glaidson Acácio dos Santos foi preso na manhã desta quarta-feira (25) na Operação Kryptos, da Polícia Federal (PF), do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal, por suspeita de pirâmide financeira. De acordo com a PF, a fraude movimentou “cifras bilionárias”.

Policiais apreenderam na casa dele reais, dólares e euros em espécie e até barras de ouro. A informação é da TV Globo. Agentes cumpriram nove mandados de prisão e 15 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Distrito Federal.

A GAS era investigada há dois anos pelo esquema e estaria disfarçada de consultoria em bitcoins, uma moeda digital. Segundo a polícia, Glaidson prometia lucros de 10% ao mês nos investimentos em bitcoins, mas a força-tarefa afirma que a GAS nem sequer reaplicava os aportes em criptomoedas, enganando duplamente os clientes.

“Nos últimos seis anos, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes apresentou cifras bilionárias, sendo certo que aproximadamente 50% dessa movimentação ocorreu nos últimos 12 meses”, informou a PF. A GAS não tinha site nem perfis em redes sociais, e o telefone disponível na Receita Federal não funcionava.

Criptomoedas

Em abril desse ano, mais de R$ 7 milhões foram apreendidos em um helicóptero. O dinheiro estava em três malas e, segundo as investigações, seria levado para São Paulo por um casal que trabalha para a GAS Consultoria Bitcoin. Anteriormente, em um depoimento à polícia, Glaidson negou mexer com criptomoedas. Alegou que atuava com “inteligência artificial, tecnologia da informação e produção de softwares”.

Já para os clientes, o empresário dizia que investia no ramo das criptomoedas há nove anos. O esquema de pirâmides investigado consiste em uma rede onde entrantes precisam pagar uma taxa a membros antigos. Para começar a receber, esses novos filiados devem atrair mais gente. Mas chega um ponto em que a pirâmide não se paga.

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