Cientista de dados negro foi solto após passar 22 dias preso por engano no Rio de Janeiro
Raoni Lázaro Barbosa chegou a ser acusado de integrar uma milícia na Baixada Fluminense. Polícia carioca admitiu erro na investigação
Depois de passar 22 dias preso injustamente, o cientista de dados Raoni Lázaro Barbosa, de 34 anos, foi solto. Ele havia sido preso na porta de casa, e chegou a ser acusado de integrar uma milícia em Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense. Raoni foi levado para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, onde permaneceu até a última quinta-feira (9).
Raoni é formado em Ciência de Dados pela PUC-Rio, com pós-graduação na FGV (Fundação Getúlio Vargas) e especialização no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos. Ele é funcionário da multinacional IBM. O cientista de dados é noivo e está de casamento marcado para o próximo dia 16 de outubro.
PRISÃO
Segundo o portal UOL, a prisão de Raoni Lázaro Barbosa aconteceu após uma operação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) realizada no dia 17 de agosto. A operação tinha como alvo integrantes de uma milícia chefiada por quatro policiais militares em Duque de Caxias.
A companheira de Raoni, Érica de Souza Barbosa, em entrevista ao UOL, disse que Raoni, por conta da prisão, está de licença não remunerada na empresa em que trabalha, e que chegou a temer pelo emprego do noivo e pelo futuro da família até que tudo fosse esclarecido.