
Com informações do G1
Acontece na manhã desta terça-feira (17) uma reintegração de posse na Rua Augusta, no Centro de São Paulo. No edifício, moram cerca de 100 famílias sem-teto, que são retiradas à força pela Polícia Militar. O Corpo de Bombeiros acompanha a operação.
Os moradores resistem à saída do local. A Frente de Luta Por Moradia (FLM), que organiza a ocupação, publicou nas redes sociais protesto de mulheres que vivem no prédio com cartazes que dizem "nenhuma mulher sem casa". Confira:
Alarmante: PM realiza reintegração de posse de prédio na Rua Augusta, no Centro de São Paulo, horas antes daquela que deve ser a noite mais fria do ano na cidade. Bônus: Em plena vigência de decisão do STF que limita despejos ???? https://t.co/pDIsToiU6W pic.twitter.com/r0lUtw9HX8
— Jeff Nascimento (@jnascim) May 17, 2022
Tá rolando uma desocupação na augusta, que está completamente fechada desde as 7 da manhã.
— jack (@jaacksays) May 17, 2022
em um dos dias mais frios de São Paulo, resolveram desocupar e deixar cerca de 40 famílias na rua - maioria mulheres e crianças pic.twitter.com/IueTqubNgH
A expulsão acontece em meio a uma onda de frio na cidade. Nesta quarta-feira (18), a previsão é que a temperatura chegue a 6º.
Móveis, eletrodomésticos e outros itens estão espalhados pela rua, que teve trânsito bloqueado, afetando, inclusive, o trajeto de ônibus.
Segundo o G1, uma gestante de 20 anos foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros durante a ação. Moradores contaram que ela teria entrado em trabalho de parto.
Sobre a ocupação
A ocupação começou em dezembro de 2021 no prédio, que estava abandonado até então. A proprietária do edifício logo entrou com uma ação na Justiça, que determinou a reintegração de posse em 29 de dezembro.
O FLM recorreu, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a reintegração para 2 de janeiro. Então, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPSP) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que não haveria abrigo para as famílias.
Então, a ação foi suspensa em janeiro pelo ministro Ricardo Lewandowski. O magistrado entendeu que a decisão contrariava ordem do STF, que suspendia despejos coletivos até março de 2022.
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