AMAZÔNIA

Desaparecidos na Amazônia, jornalista inglês e indigenista brasileiro ganham vigília permanente em frente à Funai

A procura por Dom e Bruno começou ainda nessa segunda-feira (6)

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JC

Publicado em 07/06/2022 às 22:08 | Atualizado em 08/06/2022 às 19:26
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Com Estadão Conteúdo

A reivindicação por ampliação das buscas pelo jornalista inglês Dom Phillip e o indigenista brasileiro Bruno Araujo Pereira, ganham corpo pelo País e, na noite desta terça-feira (7), culminaram numa mobilização em frente à sede da Funai, órgão do qual Bruno é servidor. 

Indigenistas e funcionários da Funai realizam uma vigília permanente em frente à sede do órgão, em Brasilia.

A procura por Dom e Bruno começou ainda nessa segunda-feira, mas apenas por meios terrestres e por embarcações. As Forças Armadas sofreram críticas por causa de uma nota em que o Exército dizia ser capaz de cumprir uma missão humanitária de busca e salvamento, mas que aguardava instruções superiores para iniciar a operação.

 

O envio de aeronaves pelo Ministério da Defesa para reforçar as buscas era um dos principais apelos de amigos e familiares dos desaparecidos, já que o deslocamento em grande parte da região de selva se faz apenas em barco ou por via aérea, forma mais eficaz para realizar uma varredura e mais rápida.

Agentes da Polícia Federal, do Comando de Operações Táticas (COT), a tropa de elite, participaram das buscas na aeronave Jaguar H225M, do 4º Batalhão de Aviação do Exército. Segundo o Exército, as buscas seguem de forma ininterrupta, com combatentes da 16ª Brigada de Infantaria de Selva.

A Marinha também havia informado que um helicóptero do 1º Esquadrão de Emprego Geral do Noroeste seria deslocado para auxiliar na missão, além de duas embarcações e de uma moto aquática. Os destacamentos da Marinha, da Capitania Fluvial de Tabatinga, já fizeram buscas pelos rios Javari, Itaquaí e Ituí.

Quem são Dom e Bruno, que estão desaparecidos

O jornalista inglês Dom Phillips, do jornal britânico The Guardian, e o indigenista Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), estão desaparecidos na região do Vale do Javari, na Amazônia, desde domingo (5). O Exército, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal foram acionados para promover buscas à dupla.

Na Funai desde 2010, Pereira foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por cinco anos. Foi demitido em 2019 por combater a mineração ilegal em Terras Indígenas. A exoneração de servidor aconteceu no momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um projeto para liberar garimpos nas reservas. O indigenista está licenciado da Funai e atualmente faz parte do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente (Opi).

Dom Phillips e Bruno Pereira já haviam percorrido a região em 2018, quando o repórter inglês escreveu sobre tribos isoladas da Amazônia para o The Guardian. O Vale do Javari tem a maior concentração de povos isolados no mund

 

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