O que se sabe sobre o naufrágio da embarcação clandestina no Pará, que deixou pelo menos 11 mortos
A embarcação tinha capacidade para 82 pessoas. Segundo o governo do estado, foram resgatados até o momento 63 sobreviventes
Com Agência Brasil
Uma embarcação naufragou na manhã dessa quinta-feira (8) nas proximidades da Ilha de Cotijuba, oriundo do município de Cachoeira do Arari, no Marajó, no Pará. Foram confirmadas pelo menos 11 mortes até a publicação desta matéria.
A embarcação tinha capacidade para 82 pessoas. Segundo o governo do estado, foram resgatados até o momento 63 sobreviventes, que foram levados para Belém. As vítimas fatais foram nove mulheres, um homem e uma criança.
De acordo com as primeiras apurações, o barco transportava passageiros do Marajó para a capital do estado. Segundo a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon), a empresa dona da embarcação já havia sido notificada.
A embarcação foi retirada de circulação pela Marinha por não possuir autorização para realizar o transporte. Houve reincidência já que os responsáveis colocaram uma nova embarcação para fazer o trajeto, e a Marinha também apreendeu em uma ação de fiscalização. A embarcação que naufragou foi a terceira usada pela empresa.
Um vídeo publicado no portal G1 registra o que seria o momento anterior ao naufrágio, quando a água parece inundar todo o subsolo onde fica o motor do barco, enquanto os passageiros, no nível superior, continuam em seus assentos.
Na medida em que a água entra na embarcação Dona Lourdes, passageiros em pânico se jogaram na Baía do Marajó, alguns sem coletes salva-vidas.
A Polícia Civil instaurou inquérito policial para investigar o naufrágio. Além disso, a Marinha do Brasil também instaurou um inquérito para fazer a apuração sobre a embarcação. Dessa apuração sairá um laudo, para ser encaminhado ao tribunal marítimo.
As buscas por vítimas continua. Enquanto isso, o governo do estado tem prestado apoio aos sobreviventes e familiares das vítimas.
Está sendo providenciado o acolhimento, alimentação e hospedagens dos sobreviventes até que sejam deslocados para suas cidades de origem. O governo também afirma que as famílias das vítimas e os sobreviventes estão tendo apoio de uma equipe de psicólogos e assistentes sociais.
O governador do Pará, Hélder Barbalho, pediu firmeza à polícia para "buscar e responsabilizar o culpado" pelo acidente, em vídeo publicado em suas redes sociais.