RIO GRANDE DO SUL

Governo fiscaliza abuso no preço dos combustíveis no RS, mas diz que prioridade é abastecimento

As regiões de Rio Grande e Pelotas no sul do estado seguem com atenção para possíveis alagamentos

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Estadão Conteúdo

Publicado em 10/05/2024 às 10:31 | Atualizado em 10/05/2024 às 13:14
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que, apesar do crescente volume de denúncias sobre aumentos abusivos dos combustíveis no Rio Grande do Sul, a prioridade das ações do governo federal será para manter o abastecimento no Estado.

"Sem perder de vista a fiscalização, precisamos priorizar o abastecimento nesse cenário de quase caos em regiões do Estado", disse o ministro à CNN sobre os impactos das enchentes que atingem o território gaúcho desde a semana passada.

Segundo Silveira, a fiscalização alcançará, "com rigor da lei", aqueles que "querem se aproveitar do momento".

Sobre as estratégias para garantir a manutenção do abastecimento de combustível e de gás de cozinha, o ministro disse que, além de obras emergenciais para a retomada do trânsito de caminhões, o governo também tem dialogado com distribuidoras para o aumento de equipes.

"Pedimos para que todas as distribuidoras tragam equipes de fora e que utilizem os acessos rodoviários transitáveis. Para que, em qualquer circunstância, não falte suprimento, sobretudo em pontos essenciais que atendem a coletividade", afirmou Silveira.

Combustível

A chegada de combustíveis nos postos de abastecimento nas áreas afetadas por enchentes no Rio Grande do Sul cresce gradativamente, segundo informe do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), a partir da melhoria na operação das bases da região de Canoas/Esteio, aumentando a disponibilidade de produtos.

De acordo com o IBP, a logística de entrega vem se adaptando às mudanças de consumo, já que muitas pessoas se deslocam para o litoral, reduzindo o consumo na capital.

"Muitos postos estão completamente alagados e só saberemos a extensão dos problemas na infraestrutura destas instalações quando a água baixar", explica a entidade em seu boletim diário sobre a situação do setor durante a tragédia.

O Estado do Rio Grande do Sul está em calamidade pública, devido ao aumento do nível do rio Guaíba, que inundou parte da cidade de Porto Alegre. O nível do Guaíba está estável neste momento, e é esperado algum decréscimo ao longo do dia de hoje, avalia o IBP.

Segundo o boletim, as chuvas retornam para a capital e o norte do Estado, e devem permanecer com probabilidade de alta até o início da próxima semana. As regiões de Rio Grande e Pelotas no sul do estado seguem com atenção para possíveis alagamentos.

"O Governo do Estado tem trabalhado de forma rápida para desobstrução e restabelecimentos das vias, porém as rotas ainda demandam atenção no que tange à segurança para o transporte e ao fluxo intenso e lento de caminhões", diz o IBP.

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