Boulos admite negociar cargos na Prefeitura com partidos se for eleito
O psolista foi questionado a respeito de qual seria a participação do atual presidente da Câmara dos Vereadores Milton Leite em seu governo
O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que "não há como não compartilhar espaço no governo quando se traz um partido para a base" após ser perguntado se haveria loteamento político em sua gestão caso seja eleito, em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira, 28.
O psolista foi questionado a respeito de qual seria a participação do atual presidente da Câmara dos Vereadores Milton Leite (União Brasil) em seu governo.
Boulos se esquivou dizendo que o vereador não é candidato à reeleição e que seu objetivo é conseguir eleger uma bancada expressiva no legislativo municipal.
A respeito das subprefeituras da capital paulista, o candidato garantiu que deverão ser comandadas por moradores da região, o que não o impediria de dialogar com vereadores que possuem atuações fortes nessas áreas.
"Agora, logicamente, se para se obter maioria na Câmara Municipal, precisar dialogar e ampliar com outros partidos, ninguém governa à força de pancada. Eu vou dialogar com quem for preciso", afirmou.
Sobre falas antigas a respeito do Partido dos Trabalhadores, em que o psolista afirmou que possuía "críticas contundentes aos governos do PT" e que não tinha "a menor dúvida de que houve corrupção" na gestão da sigla, o candidato disse que aliados têm críticas entre si e isso não deve ser um problema.
Boulos citou como exemplo a relação entre o atual presidente Lula (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PDB), que segundo o psolista, "se juntaram para salvar a democracia brasileira", e defendeu que nunca fez críticas pessoais ao presidente Lula e que não se deve "partidarizar" a corrupção.
Boulos ainda ressaltou que a relação de aproximação do PSOL com PT surgiu em meio a uma "polarização entre democracia e quem quer golpe". "Não foi uma mudança do PSOL, foi uma mudança do cenário político brasileiro e que os partidos têm que estar atentos para poder responder e se situar bem na história", afirmou.