Avião bate em morro em meio a temporal no interior de São Paulo e os cinco ocupantes morrem

Empresa aérea Abaeté Aviação confirmou que havia cinco colaboradores na aeronave e todos morreram: comandante, piloto, médica, enfermeiro e mecânico

Publicado em 24/10/2024 às 21:36

Um avião de pequeno porte caiu na tarde de anteontem em uma área rural de Paraibuna, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, durante forte tempestade. A aeronave teria se chocado contra um morro e pegado fogo após o impacto, segundo o Corpo de Bombeiros.

A empresa aérea Abaeté Aviação confirmou que havia cinco colaboradores na aeronave e todos morreram: comandante, piloto, médica, enfermeiro e mecânico. As identidades não foram divulgadas.

O avião, de matrícula PT-MBU, caiu na Estrada da Fazenda Capela - Fazenda Caetê, em uma região de difícil acesso, entre os Sítios Carpir e Caetê, perto do município de Santa Branca. O chamado para o resgate foi feito às 18h46.

A aeronave havia saído de Florianópolis (SC), às 16h51, e seguia para Belo Horizonte (MG). "Segundo informações das autoridades locais, a aeronave foi encontrada sem sobreviventes. A empresa está acolhendo as famílias e oferecendo todo o suporte necessário neste momento de dor", diz nota da empresa.

INVESTIGAÇÃO

A causa da queda ainda é desconhecida e será investigada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB). O Embraer-121 Xingu que caiu em Paraibuna foi fabricado no Brasil em 1982 e incorporado à frota da Abaeté Táxi Aéreo em 2006. É um avião com oito assentos e capacidade para até seis passageiros, sendo o primeiro modelo pressurizado da Embraer.

A Abaeté Táxi Aéreo opera uma frota de aeronaves de vários modelos, como Cessna Caravan, EMB Carajá, EMB Xingu e Bandeirante. A empresa controla a Abaeté Linhas Aéreas, fundada em 1995, que opera voos regionais no Nordeste.

Segundo os registros, a documentação da aeronave estava regular. Sua Certidão de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) venceria em 25 de junho do ano que vem; e a situação de aeronavegabilidade era considerada "normal". Investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o Seripa-IV, órgão regional do Cenipa, estiveram no local do acidente. A ação preliminar envolve a coleta e a confirmação de dados, verificação dos danos causados à aeronave, ou por ela, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação. "A conclusão dessa investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes", disse a FAB.

OUTROS ACIDENTES

Há menos de um ano - no dia 31 de dezembro -, um helicóptero modelo Robinson R44 caiu na mesma região, ocasionando a morte dos quatro ocupantes. O mais grave acidente aéreo em Paraibuna, no entanto, ocorreu há 62 anos, quando dois aviões se chocaram e explodiram sobre a cidade, matando os 26 ocupantes.

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