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Governo estuda implantar 13 unidades de conservação na caatinga

Hoje, apenas o bioma de mata atlântica tem unidades de preservação

Daniel Guedes
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Publicado em 05/06/2011 às 13:20
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Ao lançar a Semana do Meio Ambiente, neste domingo (5), no Zoológico de Dois Irmãos, o governador Eduardo Campos (PSB) anunciou que Pernambuco passará a contar com mais unidades de conservação ambiental. O número deve subir de 67 para 80. Isso porque estão em estudo 13 unidades no bioma da caatinga, que hoje não conta com nenhuma.

O plano será apresentado ao governador na manhã desta segunda-feira (6) pela Secretaria de Meio Ambiente. "É um plano para que ao longo destes próximos três anos e meio a gente possa institucionalizar as nossas unidades de conservação, que é, com certeza, um grande desafio", disse Eduardo.

Hoje, apenas o bioma de mata atlântica tem unidades de preservação. "Queremos mais que ter as demarcações das unidades de conservação, mas ter toda  sua institucionalidade, o seu funcionamento com o seu pleno manejo, com o seu comitê gestor. Esse é um passo muito importante para que a gente possa mudar de patamar no que diz respeito à questão de política de meio ambiente no Estado", afirmou.

De acordo com o governador, as unidades vão servir para promover a educação ambiental. "Vamos mostrar como pode ser cuidado e, a partir dali, disseminar os valores que devem presidir a consciência de cada um, o que deve fazer também que a gente altere padrões de consumo, padrões da nossa relação com a busca do desenvolvimento".

Hoje, apenas 0,7% da caatinga está protegido. Num médio prazo o governo pretende ampliar este percentual para 10%. De acordo com o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, com a criação das novas reservas já será possível elevar o valor para 4%. "Ontem tivemos reunião sobre projeções do aquecimento global e Pernambuco é um dos lugares do mundo que pode ter maior impacto. Nossa área do semi-árido passa a ter uma situação muito delicada, frágil, vulnerável. É importante proteger a a caatinga para que a gente não tenha um problema maior. Essa urgência de proteger a caatinga é pela biodiversidade, pela importância do bioma, que é único no mundo, mas também por essa questão do clima. É fundamental que a gente possa compensar esse aumento (de temperatura)", alertou Xavier.

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