PARIS - Cientistas anunciaram nesta quarta-feira ter identificado 29 genes mais relacionados com a esclerose múltiple (EM), uma doença cujas causas exatas são desconhecidas. A EM afeta, aproximadamente, uma em cada mil pessoas e acredita-se que tenha causas hereditárias e ambientais. Quando a doença incide, o sistema imunológico ataca a mielina, lipoproteína que constitui a bainha das fibras nervosas. Os sinais nervosos se perdem, provocando problemas de coordenação, equilíbrio, visão ou expressão oral.
Em artigo publicado na revista científica Nature, um grupo de cientistas afirma ter identificado 29 genes com variedades associadas à EM e cinco outros que talvez também influam na moléstia. Estes novos genes se agregam às 23 variações, cuja participação nesta complexa doença era desconhecida.
Anteriormente, os cientistas chegaram à conclusão de que as pessoas com deficiência de vitamina D têm alto risco de sofrer de esclerose múltipla. Os cientistas esperam que as novas descobertas permitam, no futuro, desenvolver instrumentos mais aprimorados para diagnosticar a doença e, talvez, produzir medicamentos que protejam ou consigam reparar a mielina.