Sessenta e cinco tartarugas marinhas nasceram na manhã desta quarta-feira (11) na praia de Maria Farinha, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os animais da espécie Eretmochelys imbricata, conhecidos popularmente como espécie “pente”, contaram com o apoio de biólogos para chegar ao mar em segurança. Este já o terceiro ninho de tartarugas marinhas aberto no município em um mês e é o primeiro registro de nascimento dessa espécie em praia urbana na RMR.
Desde outubro de 2014, a Secretaria de Meio Ambiente de Paulista, em parceria com a ONG Eco Associados, passou a monitorar os pontos de desova de tartarugas na costa marítima da cidade. O projeto de monitoramento, denominado Praia Viva, tem o objetivo de garantir a segurança dos bichos. “Essa ação tem aumentado a chance de sobrevivência dos filhotes”, afirma o secretário de Meio Ambiente Leslie Tavares.
De acordo com a bióloga Elisângela Guimarães, coordenadora do Praia Viva, os ovos levam de 45 a 60 dias para eclodirem. Ainda segundo a bióloga, assim que o ninho é identificado, o local é isolado com telas de contenção para proteger contra a ação de predadores. “Essa espécie é ameaçada de extinção. Fazemos esse monitoramento diário para identificar os ninhos e garantir que os filhotes cheguem com segurança ao mar”, explica.
O pequeno Luiz Henrique, 6 anos, é uma das muitas pessoas que foram acompanhar de perto o nascimento dos filhotes. "As tartaruguinhas são muito boas e lindas. Eu queria ter uma em casa, mas agora sei que não pode. Temos que cuidar delas, mas é importante deixá-las no mar", comentou.
Atualmente, existem aproximadamente 12 ninhos de tartarugas distribuídos na orla de Paulista. Os pontos de desova estão concentrados nas praias da Enseadinha e de Maria Farinha. A expectativa é de que os ninhos sejam abertos até o final do mês de abril.