Um cavalo passou cerca de seis horas agonizando na Praça Doutor José Vilela, no bairro de Parnamirim, Zona Norte da capital, nesta segunda-feira (23). Pessoas sensibilizadas com a situação tentaram acionar órgãos públicos, como o Centro de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses (CVA) do Recife, mas a ajuda demorou a chegar.
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O animal apresentava sinais de maus-tratos e estava deitado sob árvores. O bicho aparentava estar sentindo dores e não conseguia ficar em pé por muito tempo. “Eu passei pela praça por volta das 11h e parei para ajudar. Liguei para o Centro de Vigilância Ambiental muitas vezes, mas ninguém atendia. O resgate só chegou às 17h”, afirma o garçom Valter José, 43 anos.
O gerente do Centro de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses, Jurandir Almeida, explica que o cavalo recebeu atendimento duas vezes. A primeira vez aconteceu às 10h, quando o animal estava em outra praça do bairro. Os agentes constataram que era um caso de cólica, aplicaram o medicamento e o soltaram.
O recolhimento não pôde ser feito porque as baias do centro, em Peixinhos, também na Zona Norte, se encontravam interditadas até ontem. O local registrou casos de mormo, uma doença fatal para cavalos. Novos espaços limpos e seguros estavam sendo construídos para evitar a contaminação.
“Coincidentemente, a intervenção terminou ontem à tarde, então levamos o animal. As pessoas não conseguiram entrar em contato com o CVA porque a chuva provocou problemas na central telefônica”, afirmou Jurandir Almeida.