SUSTENTABILIDADE

Cartilha ensina a construir biodigestor

Sucesso do equipamento, que transforma excremento de animais em gás de cozinha, motivou publicação

Do JC Online
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Publicado em 12/05/2015 às 8:30
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Sucesso do equipamento, que transforma excremento de animais em gás de cozinha, motivou publicação - FOTO: Divulgação
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O sucesso do biodigestor sertanejo, que transforma excrementos de animais em gás metano para usar principalmente na cozinha, levou a ONG Diaconia – entidade ligada a 11 igrejas evangélicas – a produzir uma cartilha ensinando como montar o equipamento. O manual, intitulado 12 passos para construir um biodigestor, vem com um vídeo e está sendo distribuído pela Diaconia a famílias do campo, pedreiros, técnicos e entidades sociais que pretendem usar a tecnologia.

“Frequentemente, recebemos solicitações de várias partes do País de pessoas ou entidades que querem ter um biodigestor em casa”, conta Carmo Fuchs, coordenador do projeto. “Então decidimos elaborar a cartilha para facilitar o acesso às informações, já que essas pessoas não podem participar de nossas oficinas.” 

Carmo explica que a linguagem da cartilha é simples, para facilitar a compreensão. Ela traz uma lista dos materiais e ferramentas necessários para a construção do equipamento e indica o local onde deve ser instalado. Já o vídeo mostra como as pessoas usam o biodigestor no dia a dia e suas outras funções, como transformar excrementos em biofertilizantes e repelente natural de pragas. O custo de instalação do equipamento fica em torno de R$ 2,7 mil.

A disseminação da tecnologia também atende ao objetivo da Diaconia de transformar o biodigestor em uma política pública nacional. A ONG espera que, no futuro, toda casa construída pelo Programa Nacional de Habitações Rurais (PNHR), da Caixa Econômica Federal, já venha com um biodigestor incluído. 

Atualmente, a Diaconia tem o compromisso de implantar 335 biodigestores em seis Estados do País (Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) até junho de 2016, graças a um projeto aprovado no PNHR. Em Pernambuco, serão 120 – já existem 37 em funcionamento nos municípios de Bom Conselho e Jupi, no Agreste. 

As famílias que utilizam o equipamento estão economizando, no mínimo, o equivalente a um botijão de gás por mês, e deixando de desmatar para extrair lenha. O gás produzido não tem cheiro e, segundo os usuários, rende mais que o GLP.

Quem não tiver acesso à versão impressa, pode acessar a cartilha no site www.diaconia.org.br. 

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