A primeira etapa do projeto Parque Capibaribe será implementada ainda este ano. A secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, informou que está captando recursos de compensação ambiental para construir a Praça do Baobá nas Graças, na Zona Norte da cidade. O projeto que prevê a interligação de 35 bairros pelas margens do rio, com ciclovias e outros equipamentos, tem 30 quilômetros de extensão, desde a foz até o limite com São Lourenço da Mata, e deve beneficiar 400 mil pessoas.
“Estamos negociando com o Hospital Português o pagamento da compensação ambiental devida da obra de ampliação da unidade para viabilizar essa etapa do projeto”, revela Cida Pedrosa. Ela informa que essa obra, orçada em R$ 700 mil, é de fácil execução. “Com os recursos, não vamos demorar muito a fazer”, garante.
A praça para contemplação do rio ficará por trás da Ponte D’Uchôa, onde há um imenso baobá. A prefeitura já recuou o muro que imprensava a árvore e tapumou a área. A intenção é construir uma via somente para pedestres com piso intertravado, ajardinamento e bancos onde as pessoas possam sentar para apreciar a paisagem. “A ciclofaixa móvel que funciona aos domingos também vai passar pela praça para estimular o público a se apropriar da área”, completa a secretária.
Com o parque, a prefeitura pretende elevar o percentual de áreas verdes da cidade – hoje em torno de 1,2 metro quadrado (m²) por habitante – em atenção à política de baixa emissão de gás carbônico. A meta é chegar a 20m² por habitante até 2037, ano em que o Recife completa 500 anos.
O restante do projeto ainda não tem financiamento. Mas a secretária revelou que pretende incluí-lo no programa TAP do Iclei (Governos Locais pela Sustentabilidade, da ONU) para captar recursos. O programa vai apresentar 100 iniciativas inovadoras e inclusivas de cidades associadas (o Recife aderiu à rede na semana passada) durante a Conferência das Partes, realizada em dezembro, em Paris (França), para atrair investidores.