PRESERVAÇÃO

Parceria para proteger unidade de conservação

CPRH vai apresentar, em congresso internacional, experiência de compartilhar fiscalização e monitoramento da RVS Gurjau

Claudia Parente
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Claudia Parente
Publicado em 15/09/2015 às 7:30
Fábio Amorim/CPRH
CPRH vai apresentar, em congresso internacional, experiência de compartilhar fiscalização e monitoramento da RVS Gurjau - FOTO: Fábio Amorim/CPRH
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A estratégia de fiscalização e monitoramento do Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Matas do Sistema Gurjaú, nos municípios de Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Moreno, no Grande Recife, será apresentada pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) no 8º Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação. Realizado em Curitiba (PR) entre os dias 21 e 23 deste mês, esse é um dos mais importantes eventos da América Latina na área ambiental. A CPRH ainda conseguiu aprovar outro artigo no congresso sobre a política de compensação ambiental do Estado.

Gestora da unidade de conservação, a bióloga Elaine Braz vai mostrar aos congressistas a alternativa encontrada pela CPRH para driblar a escassez de recursos e garantir a fiscalização da RSV, importante fonte de recursos hídricos para Pernambuco, com 1.077 hectares de mata atlântica preservada. “Com ajuda do Ministério Público, desenvolvemos uma estratégia para fiscalizar e monitorar a área em parceria com a Compesa, Cipoma (Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente) e prefeituras dos três municípios”, informa Elaine. “Essa medida aumentou em 700% os recursos humanos disponíveis”, completa, revelando que antes só havia dois fiscais de CPRH para vigiar a área.

O projeto começou em abril do ano passado e já apresenta alguns resultados, segundo a bióloga. “As ocupações irregulares e o desmatamento vêm diminuindo”, garante Elaine. Mas ela admite que a caça ilegal de tatus, pacas e cotias ainda ocorre na área. “Com o programa de educação ambiental que desenvolvemos, responsável pela capacitação de 60 professores e instrução de dois mil estudantes, a comunidade que já vivia na área antes da criação da RVS começa a se conscientizar da importância de preservá-la. Hoje, quando querem fazer qualquer reforma nas casas, pedem orientação à CPRH.”

Com dois açudes e uma estação de tratamento de água, a unidade de conservação, aliada ao Sistema Pirapama, é responsável por 10% do abastecimento do Grande Recife. Embora a Compesa seja proprietária da reserva, a gestão é da CPRH.


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