Um parque três vezes maior, mais verde e melhor. Assim será o Jardim Botânico do Recife (JBR) em breve. Um convênio oficializado, nesta quinta-feira (24/3), com a Fundação CDL garantiu a incorporação de mais 26,4 hectares ao parque, que triplicará de tamanho, passando de 10,7 para 37,1 hectares. O local, que já recebeu o título de um dos cinco melhores jardins botânicos do Brasil pelo Ministério do Meio Ambiente, também ganhou novas estruturas e autonomia parcial na produção de energia com a instalação de painéis solares.
A nova área do parque fica ao lado da estrutura existente. Tem aproximadamente 9% de seu território edificado e o restante composto por um grande remanescente de Mata Atlântica. Segundo Cida Pedrosa, secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, no espaço serão cultivadas plantas medicinais e construído um laboratório para a produção de medicações fitoterápicas. “Também estaremos cultivando diversos biomas que já foram fundamentais na cadeia econômica de Pernambuco, como o algodão e o umbu, por exemplo”, afirmou. A previsão é de que até o fim do ano tudo esteja pronto e funcionando. Cerca de cem mil pessoas visitam o Jardim Botânico do Recife por ano. Antes da atual gestão, que requalificou o espaço, eram três mil visitantes.
Além da ampliação do território, o JBR ganhou novas estruturas, como biblioteca, ampliação da casa da Brigada Ambiental e o Centro de Convivência, que conta com um espaço de 220 metros quadrados, todo erguido em madeira certificada, que vai abrigar exposições temporárias de plantas e pesquisas, assim como atividades de educação ambiental e vai funcionar como uma área de alimentação para os visitantes. Outra novidade do espaço foi a instalação de painéis para captação de energia solar, custeado pelo programa internacional Urban LEDS, através de uma parceria entre a prefeitura e o Iclei, que contam com 47 módulos instalados. A expectativa e de que eles gerem cerca de 2.250 quilowatts por mês, o equivalente a 30% de todo o consumo do Jardim Botânico ou a cinco residências.
O biomédico George Gomes, que visitava o Jardim Botânico com a família, elogiou as novidades e a evolução do parque. Mas criticou a pouca oferta de horários para percorrer duas das três trilhas existentes no local. “Essas duas trilhas precisam ser guiadas e só existem dois horários por dia. É preciso mais”, alertou.