Na intenção de buscar novas formas de aprendizagem, atraindo os alunos para o conteúdo e tornar a tecnologia uma aliada no ensino, a professora de Geografia do Colégio Saber Viver Ana Paula Costa, junto com a orientadora pedagógica Alena Nobre se uniram a um grupo de estudantes do 7º ano para criar o projeto BioMine: Minecraft na Geografia. Através do popular jogo, febre entre os adolescentes, com as devidas adaptações, os usuários devem cumprir cinco missões, passando por todos os personagens, que dão características dos biomas Mata Atlântica, Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga e Mata das Araucárias, e proporcionando a aprendizagem sobre o tema.
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"Eu quis trabalhar de uma maneira diferente o tema dos biomas, pois as características são muitas e queria evitar a decoreba. Junto à Alena, nós pedimos a ajuda de Eduardo, que entendia muito de Minecraft para saber se seria possível colocar o projeto em prática. Ele aceitou, e os outros alunos auxiliaram na parte dos testes, para saber se o jogo funcionava mesmo", explicou a professora. O BioMine foi apresentado na Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia, em setembro passado, e recebeu premiação, sendo indicado para expor o projeto em uma mostra internacional, que acontecerá no México no próximo ano.
O grupo de estudantes que auxiliou na criação do jogo, formado por Giovanna Sousa, 12 anos, Lucas Alves, 13, Pedro Henrique, 12, e Eduardo de Andrade, 14, fala sobre o projeto com orgulho. "Eu tinha uma expectativa, e ao ver o projeto pronto, ela foi mais que alcançada", afirmou Giovanna. Para Pedro, o BioMine tem o poder de mudar a visão sobre o ensino dentro de sala de aula. "O nosso projeto consegue mudar a ideia de que geografia é só quadro, e mostra que os jogos também podem ajudar na hora de aprender", contou, animado.
Para Eduardo e Lucas, que participaram do BioMine programando o jogo com as características e linguagens dos biomas brasileiros, o mais gratificante foi a melhora no rendimento dos colegas de sala. "Eu vi que meus amigos tinham uma dificuldade nesse assunto dos biomas, e depois do projeto, eles realmente aprenderam sobre o tema, as notas aumentaram, e isso foi muito gratificante", explicou Eduardo. "O fato de conseguir aprender se divertindo torna tudo mais legal", completou Lucas.
Alena Nobre, responsável pela parte pedagógica do projeto, afirma que o resultado foi extremamente positivo. "Hoje é necessário entender cada dia mais a linguagem do aluno e de quebra, aprender a linguagem tecnológica. Pensamos no Minecraft e construímos junto com os alunos todo esse projeto. E é assim que a gente aprende com eles ao mesmo tempo que eles aprendem com a gente", finalizou.