As manchas de óleo que voltaram a aparecer no litoral pernambucano e já atingiram pelo menos 28 praias do estado preocupam cientistas em relação ao ecossistema local e também à saúde das pessoas que, voluntariamente ou não, estão ajudando a recolher o poluente.
Em entrevista à Rádio Jornal, o geógrafo, ambientalista e especialista em rios e mares, Thiago Marinho, critica a atitude “passiva” do Estado. “Não entendo por que o Governo do Estado ainda não decretou estado de emergência em Pernambuco. O município de São José da Coroa Grande já afirmou estar e, mesmo assim, as autoridades estatais não passam do ponto em que estão, apenas retirando o material”, disse.
Segundo o cientista, a medida facilitaria a ação do Governo Federal. “É importante que o faça, porque, assim, todas as medidas e recursos se voltariam para este caso. Desse jeito, se cobraria mais do Governo Federal com o intuito de minimizar os danos na região, que, em alguns casos, serão permanentes e em outros irão se perpetuar por anos”, explica.
Resposta
Na saída da reunião dessa quarta-feira (23) que reuniu prefeitos, o governo do estado e representantes de órgãos estaduais para tratar sobre o desastre ambiental nas praias do Litoral, o governador Paulo Câmara (PSB) explicou que, até agora, o estado avaliou que a decretação de emergência não era necessária, mas que está sendo estudada todos os dias e, de acordo com o desenrolar dos fatos, pode acontecer.
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