Professores e funcionários administrativos do Campus Recife do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) realizam, na manhã desta terça-feira (17) um ato de radicalização no estacionamento da instituição. Através de um café da manhã, que bloqueia o acesso de carros ao local, os profissionais visam engrossar o coro contra as propostas oferecidas pelos Ministérios do Planejamento e da Educação, que apresentaram acordo pouco satisfatório à classe.
Leia Também
De acordo com o coordenador do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica em Pernambuco (Sinasefe-PE), José Carlos de Souza, a proposta apresentada pelo Governo - de investir R$ 3,9 bilhões para aumentos salariais até 2015 - é ilusória e não vai ter o efeito esperado.
"Além de começar só em 2013, esse reajuste é uma farsa, porque eles impuseram muitos critérios; o mais excludente deles é que o benefício só atinge as classes com doutorado ou de dedicação exclusiva. Profissionais de mestrado pra baixo ficam descobertos e nós defendemos a classe como um todo. Não podemos aceitar isso", afirma o coordenador.
Uma reunião realizada em Brasília na segunda-feira (16) envolveu representantes do governo e dos sindicatos mas nada foi resolvido. "Continuaremos em greve até que a classe toda seja beneficiada, sem discriminação. Na segunda-feira (23), teremos uma nova reunião em Brasília para discutir propostas. Daqui até lá, esperamos uma solução para esse impasse", diz José Carlos.
O IFPE está em greve desde o dia 9 de julho. A unidade conta com aproximadamente 600 servidores e 8 mil alunos.Entre as reivindicações dos servidores do IFPE, estão reestruturação da carreira, reajuste salarial de 22,8%, melhores condições de trabalho e jornada de 30 horas semanais.
