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Idepe comprova distorções no ensino público de Pernambuco

Enquanto escolas tiraram notas altas, a exemplo de 7,83, outras da mesma rede tiveram desempenho pífio e ficaram com menos de 2, no ensino médio

Da editoria de Cidades
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Publicado em 27/08/2014 às 7:15
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Apesar das promessas de mais investimentos na educação pública, o Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (Idepe) 2013, termômetro usado pelo governo estadual para avaliar o aprendizado dos estudantes, revela realidades bem díspares. Enquanto escolas como a Tomé Francisco da Silva, localizada em Quixaba, no Sertão, tiraram nota alta (7,83, nos anos iniciais do ensino fundamental), outras tiveram desempenho pífio. É o caso da Escola Capitão Luiz Reis, em Olinda, no Grande Recife, que ficou com 1,71 no ensino médio. O “boletim” da escola pública estadual mostra que ainda é preciso avançar para conseguir todas as “notas azuis”

Infográfico

As melhores e piores escolas de Pernambuco

Segundo o secretário de Educação de Pernambuco, Ricardo Dantas, em 72,7% das escolas avaliadas houve aumento do Idepe, comparado com 2012. Nos outros 27,3% o índice caiu ou se manteve igual ao do ano anterior. Mas o exemplo da estudante Cláudia da Conceição é o avesso do que afirma o secretário. Moradora de Olinda, cidade vizinha à capital pernambucana, aos 15 anos de idade a adolescente não sabe ler, embora esteja cursando o 7º ano do ensino fundamental. Somente este ano entrou na rede estadual, na Escola Mere Guillemin, que fica no bairro de Santa Teresa. O colégio obteve o menor Idepe da Região Metropolitana, nos anos iniciais do ensino fundamental (2,95).

“Tenho alunos que, no 6º ano, não conhecem sílabas complexas, como que, qui, tra. São analfabetos funcionais. Têm também dificuldade na leitura, não compreendem o que lêem”, lamenta a professora de português e inglês Karoline Medeiros. “Em 2012 nosso Idepe foi 4,50, com alunos que cursaram os anos iniciais do fundamental conosco. Caiu em 2013 porque tivemos o ingresso de muitos alunos que vieram das redes municipais de ensino. São esses que chegam com problemas”, afirma o diretor da escola, Ezio Alves Ferreira. 

Leia reportagem completa no Caderno de Cidades do JC desta quarta-feira (27)

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