A taxa de analfabetismo caiu de forma mais acelerada entre as mulheres pretas e pardas entre 2000 e 2010, divulgou hoje (31) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, o indicador para ambas ainda é mais do que duas vezes maior do que o entre as mulheres brancas, registra a pesquisa Estatísticas de Gênero, que utiliza dados do Censo.
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No ano 2000, 12,9% das mulheres brasileiras com mais de 15 anos não sabiam ler nem escrever. O percentual caiu para 9,1% em 2010, aumentando a vantagem que já era observada em relação aos homens, que tiveram redução de 13% para 9,8%. Entre as mulheres brancas, a taxa diminuiu de 8,6% para 5,8%.
Quando analisadas as mulheres pretas, a queda se deu de forma mais intensa, de 22,2% para 14%, mas o patamar ainda permanece 8,2 pontos percentuais acima das brancas. As mulheres pardas também tiveram uma redução mais expressiva que as brancas, de 17,9% para 12,1%.
Com a queda, a taxa de analfabetismo entre as mulheres pretas passou a ser menor que a dos homens que se declararam da mesma cor (de 20,9% para 14,2%). O analfabetismo entre os homens pardos também foi menor em 2010, com redução de 18,5% para 13,2%.
O IBGE destaca que os avanços na alfabetização das mulheres inverteram uma desvantagem histórica, que ainda aparece na taxa de analfabetismo de pessoas com mais de 60 anos, em 24,9% entre os homens e 27,4% entre as mulheres. Para as mulheres pretas nessa faixa etária, o analfabetismo ainda chega a 42,2% da população, contra 39,2% dos homens.
Na população de 15 a 29 anos, as mulheres registram taxa quase duas vezes menor que a dos homens, com 1,9%, contra 3,6% deles. A vantagem feminina se mantêm na faixa etária de 30 a 59 anos, que incide sobre elas com 8,5% e sobre eles com 10,3%.
A Região Nordeste, apesar da queda mais acentuada, ainda é a que mais sofre com o analfabetismo entre as mulheres, com taxa de 16,9%, seguida pela Norte, com 10,3%. Sul, Sudeste e Centro-Oeste registram valores bem inferiores, de 5,4%, 5,7% e 6,9%, respectivamente.