Tecnologia

Estudantes da rede municipal disputam 1º Torneio de Robótica First Lego League

As 30 equipes participantes, com até oito integrantes cada, tiveram que criar robôs capazes de vencer obstáculos vividos por pessoas com deficiência

MARCOS OLIVEIRA
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MARCOS OLIVEIRA
Publicado em 04/12/2014 às 17:00
Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
As 30 equipes participantes, com até oito integrantes cada, tiveram que criar robôs capazes de vencer obstáculos vividos por pessoas com deficiência - FOTO: Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Após meses de preparação, 96 estudantes da rede municipal de educação da cidade do Recife garantiram vaga ontem para a disputa regional do primeiro torneio de Robótica FIRST LEGO League, que acontece em Natal, no Rio Grande do Norte, nos dias 8 e 9 deste mês. O resultado veio depois de um dia cansativo de competições na quadra de esportes da Escola Municipal Pedro Augusto, no bairro da Boa Vista.

As 30 equipes participantes, com até oito integrantes cada, tiveram que criar robôs capazes de vencer obstáculos vividos por pessoas com deficiência, como abrir uma porta e pegar objetos.

A competição fez parte de um programa internacional que procura chamar a atenção dos alunos para temas de ciência e tecnologia dentro da sala de aula. Participam estudantes com idade entre 9 e 15 anos, de escolas que têm turmas de Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e também do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS) da Prefeitura do Recife.

Os alunos prepararam um robô programado para obedecer comandos enviados a partir de um computador. O protótipo tinha o objetivo de cumprir em dois minutos e meio 14 missões sem interferência na programação do equipamento até o final do circuito. A falha em algum dos desafios acarretaria em fazer o equipamento voltar e reiniciar todo o percurso.

Um dos mais comunicativos era Ryan Moraes, de 13 anos, que cursa o oitavo ano na escola Arraial Novo do Bom Jesus, nos Torrões. Ryan, que já representou o Recife em uma competição mundial de robótica na Rússia, afirmou que o conhecimento na área o ajuda a desenvolver uma competência importante para quem, assim como ele, pretende ser um engenheiro civil.

“Matemática e raciocínio lógico são fundamentais. Enfrentamos algumas dificuldades na realização de algumas tarefas”, disse.

Com bem menos experiência e se destacando em um universo de maioria masculina, quem estava bastante nervosa durante as rodadas de competição foi a estudante Paloma Silva, 13, da escola André de Melo, na Estância. Mesmo vivenciando aquela experiência pela primeira vez, ela não se deixava intimidar e contou que colaborou muito na programação do robô.

“Sou a única menina da minha equipe, mas todo mundo se ajuda e ninguém me olha diferente não. Quero ser médica, mas cada vez gosto mais de estudar os robôs”, contou.

Um dos pontos positivos que os estudantes contaram foi o da melhoria npo aprendizado após o treinamento em robótica, mas até agora a prefeitura não possui números concretos de quanto essa relação é significativa.

De olho nisso, o Secretário Executivo de tecnologia na Educação, Francisco Luiz dos Santos, informou que até o dia 15 de dezembro um estudo detalhado feito pela fundação Getúlio Vargas vai preencher essa lacuna de dados.

“É um estudo de impacto do projeto Lego que está sendo feito mundialmente desde julho do ano passado. Na rede municipal brasileira apenas a do Recife foi escolhida pela FGV”, informou.

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