Atualizada às 10h37
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) e a Secretaria de Educação do Estado estão realizando durante a manhã desta segunda-feira (13) um levantamento para identificar a adesão dos professores à greve da categoria, decidida na última sexta-feira (10). Caso todas as 1.049 escolas da rede paralisem, cerca de 650 mil estudantes ficarão sem aula. A categoria, formada por 49.816 profissionais, decretou greve por tempo indeterminado em cobrança de reajuste salarial de 13,01%.
Na Escola Sigismundo Gonçalves, no bairro do Carmo, em Olinda, Grande Recife, os professores decidiram aderir à reve em uma reunião interna durante esta manhã. Com a decisão, 563 alunos ficaram sem aulas.
Ainda durante esta segunda-feira, representantes do sindicato participam de reunião com o Ministério Público. Já durante a quarta-feira (15), os profissionais estaduais em greve iniciarão visitas às 1.049 escolas da rede. "Temos atividades até quinta [16] e, na sexta [17], teremos nossa assembleia para definir os rumos do movimento", explicou o presidente do Sintepe, Fernando Melo.
Por meio de nota divulgada à imprensa, o Governo do Estado informou que não haverá negociações com a categoria até que a paralisação seja suspensa. Além disso, o Governo também afirma que mantém o compromisso de pagar o Piso Salarial dos professores.
REIVINDICAÇÕES - Dentre as principais reivindicações dos professores estão o cumprimento da Lei do Piso Salarial (11.738/2008), que garante o reajuste de 13,01% a todos os professores da rede. No projeto aprovado na Alepe, o reajuste seria dado apenas aos profissionais com nível médio (antigo Magistério). Já os profissional com licenciatura plena e dez anos de serviço na rede receberiam 0,89% de aumento. Segundo o Sintepe, a proposta deixa de fora 45.750 professores.
"A greve por tempo indeterminado foi decidida pela categoria, por ampla maioria. Existiu uma discussão sobre o formato da greve, mas a insatisfação é muito grande, porque o governo descumpre a legislação, nega uma prática que vinha sendo adotada pelo Estado desde 2011", explicou o presidente do Sintepe, Fernando Melo. Durante a assembleia, alunos apoiavam a paralisação pela valorização dos magistrados.