Estudantes da rede estadual de ensino voltaram às ruas nesta quinta-feira (30) em mais um ato de apoio à greve dos professores do Estado. Cerca de 80 alunos de oito escolas se reuniram com faixas e cartazes na Várzea, Zona Oeste do Recife, e seguiram em direção à Secretaria de Educação de Pernambuco para entregar um dossiê com as demandas das escolas ao secretário de Educação Fred Amâncio.
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Os estudantes prepararam um documento, produzido em texto, foto e vídeo, com as demandas estruturais das escolas e os problemas encontrados pelos alunos que comprovam o sucateamento das unidades de ensino. O documento relata os problemas estruturais encontrados em 13 escolas da Região Metropolitana do Recife, entre elas o Etepam, o Ginásio Pernambucano e o Colégio Nóbrega. As demandas são listadas em relação a cada unidade de ensino e apontam questões como falta de material escolar e de limpeza, equipamentos quebrados, alimentação de má qualidade e falta de segurança. Confira o documento na íntegra:
O movimento, que já ganhou o nome de #MeuProfessoreMerece, vem realizando manifestações constantes desde a deflagração da greve. Nesta quinta, também é celebrado o Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação, mais um motivo para a mobilização. Após o ato, uma comissão formada por cinco estudantes se reuniu com o secretário.
A estudante do Erem Olinto Victor Jéssica Oliveira, de 16 anos, reafirmou a necessidade de defender o direito dos docentes. "Estamos ajudando os professores porque eles merecem. Estudaram muito para estar nas salas de aula nos ensinando e é importante o apoio do aluno nesse momento", explicou.
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GREVE
Em uma última assembleia, realizada na segunda-feira (27), a categoria decidiu por manter a greve, iniciada há duas semanas. Os docentes pedem o pagamento do reajuste de 13,01% do piso salarial do magistério para todos os docentes. Em março, a Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou o reajuste de 13,01% do piso salarial apenas para aqueles que tem magistério, contrariando a determinação nacional. O aumento só contempla 10% dos professores. Segundo o Sintepe, ficam sem reajuste 45.750 profissionais.