EDUCAÇÃO

Professores da UFPE reivindicam melhores condições de trabalho

Categoria decidiu não aderir à greve nacional, mas diz que permanece mobilizada

Do JC Online
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Publicado em 26/05/2015 às 7:35
Foto: Guga Matos /  JC Imagem
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Professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decidiram, em assembleia realizada ontem de manhã, no câmpus Recife, não aderir à greve que está sendo articulada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) a partir de 5ª feira. Apesar da maioria ter sido contrária ao movimento paredista, a categoria ressalta que permanece a luta por melhores condições de trabalho, um dos itens da pauta de reivindicações. Laboratórios defasados, rede elétrica deficiente e insegurança estão entre as principais queixas dos professores e também dos alunos.

“Diferente do cenário nacional, na UFPE não haverá greve dos docentes. Foram 272 votos contrários à paralisação, 82 favoráveis e 28 abstenções. Mas nossa luta continua, permanecemos mobilizados”, destaca o presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), Gilberto Sousa Filho. Entre os problemas na instituição, ele ressalta as constantes quedas de energia, que muitas vezes comprometem pesquisas; a internet precária; a oferta insuficiente de vagas nos estacionamentos e a falta de segurança.

Ao contrário dos docentes, os técnicos administrativos da UFPE entrarão em greve 5ª feira. Segundo o coordenador jurídico do Sindicato dos Trabalhadores da UFPE, Erivaldo Araújo, a decisão foi tomada dia 21 de maio e acompanha a paralisação nacional.

Diretor do Centro de Educação, Daniel Rodrigues mostra preocupação quanto ao cenário econômico. “Ano passado o centro teve R$ 98 mil para manutenção, dinheiro que não foi suficiente. Este ano, até agora, só chegaram R$ 23 mil”, diz Daniel. A biblioteca do Centro de Educação está fechada. Em frente a ela, cadeiras velhas empilhadas chamam a atenção.

Aluno de engenharia elétrica, Marlon Victor defende ampliação na oferta de bolsas universitárias. “Moro na Casa do Estudante e consegui bolsa, mas há colegas que não tiveram a mesma sorte”, comenta Marlon. Daiana Cavalcanti, 24, do curso de letras, pede ampliação do Restaurante Universitário.

O reitor em exercício da UFPE, Sílvio Romero Marques, reconhece como legítima a luta dos docentes por melhores condições de trabalho. Ele informa que até julho o Restaurante Universitário será descentralizado para um espaço no Centro de Ciências Biológicas. O Clube Universitário deve receber também um RU até o final do ano.

Segundo o reitor, a biblioteca do Centro de Educação está fechada porque o piso teve infiltração e precisou ser refeito. Sobre as cadeiras, Sílvio Romero diz que falta o Serviço de Patrimônio da UFPE dizer qual será o destino delas, se vão para doação ou serão incineradas. A internet está sendo melhorada. A segurança ganhará reforço com maior controle nas entradas do câmpus Recife, além de mais câmaras e catracas.

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