Uma boa sugestão de programação gratuita este domingo (02), que alia lazer e aprendizado, é uma aula pública sobre a história do Recife, com reflexões sobre o atual significado da cidade para seus moradores. Os professores Luiz Paulo Ferraz e Rodrigo Bione, que ensinam em escolas do ensino médio, convidam para uma tarde na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro, área central da capital pernambucana.
O projeto História ao Ar Livre propõe uma abordagem dinâmica da disciplina, com música e poesia permeando a conversa, que acontece sempre em espaços públicos. “É um programa para todo mundo que ama a história e que, como nós, tem uma paixão verdadeira por Recife. Com música e poesia, tentaremos passar um pouco dessa cidade fascinante e ímpar”, observa Bione.
Estudantes que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são bem-vindos. “Mas não deixando de nos preocupar com os jovens vestibulandos, esse projeto busca ir além do próprio vestibular. Queremos desenvolver momentos de construção e reflexão sobre temas que vão do social ao cultural, buscando atender com isso todos aqueles interessados em história”, destacam os docentes.
O encontro está marcado para 15h, próximo ao Monumento Tortura Nunca Mais. “A Rua da Aurora é emblemática para Recife. Estaremos perto do Rio Capibaribe, do mangue, da estátua do caranguejo que remete à Chico Science, do monumento que lembra uma época historicamente importante do Brasil, a ditadura militar”, observa Luiz Paulo.
Será a quarta edição do projeto, sendo a primeira este ano. Em 2015 houve três encontros (Parque Dona Lindu, Praça do Derby e Parque da Jaqueira), com temas distintos. O público que vai é bem heterogêneo, segundo os professores. No último cerca de 200 pessoas participaram.
“Neste domingo faremos um passeio pela história do Recife. Estamos vivendo um momento de olhares mais voltados para a cidade”, diz Luiz Paulo. Os movimentos de lutas pela liberdade no século 19 como a Revolução Pernambucana, a Confederação do Equador e a Revolução Praieira estarão na pauta da aula pública, assim como o período holandês e a urbanização do Recife no século 20.
Bione e Luiz Paulo lembram que não haverá cadeiras. Assim, recomendam que as pessoas levem lençol, toalha, canga, esteira ou cadeira de praia. Mas se não fizerem questão poderão sentar no chão mesmo.
