A União vai bancar R$ 2 mil, anualmente, por aluno matriculado em escolas integrais de ensino médio a partir do próximo ano. A medida é uma forma de estimular os Estados a aderirem ao formato da educação integral. Será anunciada nesta quinta-feira à tarde pelo presidente da República, Michel Temer, e pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, em Brasília. O valor é um terço do que hoje gasta Pernambuco com um estudante do ensino médio em turno integral. Por ano, o governo estadual desembolsa R$ 6 mil com cada aluno.
Segundo o secretário de Educação de Pernambuco, Frederico Amâncio, o custo, a experiência e os resultados das escolas integrais pernambucanas contribuíram para definição do modelo nacional.
Ele informa que a meta do MEC é implantar ao menos mil colégios integrais a partir do próximo ano. A quantidade de colégios por unidade da Federação vai variar de oito a 30, dependendo do porte de casa Estado.
Em Pernambuco, cada estudante do ensino médio regular custa R$ 3,6 mil por ano.
“A proposta é que o governo federal repasse para os Estados R$ 2 mil, por aluno, por ano”, explicou o secretário de Educação na manhã desta quinta-feira. Ele está em Brasília para participar do anúncio do novo ensino médio, que virá por meio de Medida Provisória (MP).
PERNAMBUCO
Atualmente, o Estado tem 614 mil alunos na rede estadual, dos quais 330 mil matriculados no ensino médio, sendo 150 mil cursando no modelo integral. Há 300 colégios integrais ou semi-integrais e 35 escolas técnicas (num universo de 1.049 unidades de ensino). Enquanto um jovem do ensino médio regular estuda 20 horas semanais, os das escolas semi-intregrais ficam 35 horas no colégio e os das integrais passam 45 horas por semana na escola.