O primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio 2019 cumpriu a promessa do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e não tratou de questões consideradas pelo MEC como "ideológicas". A reportagem do Jornal do Commercio fez a prova neste domingo (03), no Bloco G da Universidade Católica de Pernambuco, no Centro do Recife.
Temas como racismo e intolerância contra a população LGBT não foram sequer mencionados em nenhuma das 90 questões das provas de linguagens, ciências humanas e tampouco na redação, que abordou o acesso a democratização do acesso ao cinema para os brasileiros.
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No entanto, a prova de linguagens e suas tecnologias abordou assuntos importantes, como o culto ao corpo perfeito e os problemas da obesidade, as dificuldades das pessoas com deficiência física e como superá-las - como em questão que cita uma quadrinista surda- , a violência contra a mulher e as formas sutis de abuso e os direitos e deveres da liberdade de expressão.
Já na prova de ciências humanas e suas tecnologias destaca-se uma das primeiras questões, que trata da intolerância contra religiões de matriz afro-brasileiras.
Campanha do MPPE foi citada
Uma campanha sobre liberdade de expressão, promovida pelo Ministério Público de Pernambuco no ano de 2015, foi tema de uma questão da prova de linguagens e suas tecnologia do Exame Nacional do Ensino Médio, Enem 2019. A reportagem do Jornal do Commercio fez a prova neste domingo (03), no Bloco G da Universidade Católica de Pernambuco, no Centro do Recife.
A questão tratava sobre os direitos e deveres da liberdade de expressão e chamava a atenção para o cartaz de uma campanha do MPPE. A campanha pedia que a população mantivesse vigilância sobre quem viola a liberdade de expressão e parte para o cerceamento do direito alheio.