Educação

Alfabetizar crianças até os sete anos é meta de Pernambuco

O I Seminário Criança Alfabetizada foi realizado na manhã desta quarta, no Centro de Convenções

Mayra Cavalcanti
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Mayra Cavalcanti
Publicado em 06/02/2020 às 12:25
Foto: Mayra Cavalcanti/JC
O I Seminário Criança Alfabetizada foi realizado na manhã desta quarta, no Centro de Convenções - FOTO: Foto: Mayra Cavalcanti/JC
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Alfabetizar crianças até, no máximo, os sete anos de idade. Este é um dos principais desafios dos municípios de Pernambuco na área de educação para 2020, de acordo com o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio. Com o objetivo de discutir as novas metas e desafios no Estado acontece, nesta quinta-feira (6), o I Seminário Criança Alfabetizada, no Centro de Convenções, em Olinda. O evento conta com a participação de prefeitos, secretários, diretores e coordenadores das 184 cidades e do governador Paulo Câmara.

O programa Criança Alfabetizada foi criado em junho de 2019. Segundo a coordenadora do projeto e secretária executiva de Desenvolvimento da Educação, Ana Selva, o seminário é um momento de encontro entre os secretários, diretores e coordenadores, para conhecer melhor o programa e discutir o processo de alfabetização e letramento. "Um dos avanços muito fortes do programa foi a questão da avaliação de fluência, porque permitiu um diagnóstico sobre a fluência leitora dos alunos e, com isto, um trabalho direcionado a partir dos resultados, para superar as dificuldades destas crianças", comenta.

O Criança Alfabetizada fornece material complementar para as escolas e realiza formação com professores (cerca de 11 mil, segundo o governo de Pernambuco), coordenadores pedagógicos e de gestores. Fred Amancio explica que duas avaliações foram realizadas em 2019, sendo uma delas a de diagnóstico e fluência, citada também por Ana Selva, e outra para analisar a alfabetização. Esta última terá o resultado divulgado ao fim do primeiro semestre, inclusive, com a publicação das cidades com melhores resultados e uma premiação em dinheiro para as escolas.

"Em 2020 teremos a novidade que vamos iniciar atividades com pré-escola, com crianças de quatro ou cinco anos. Ano que vem, vamos fazer um trabalho com as escolas que tiveram mais dificuldades, teremos investimento especial nelas", relata o secretário. Ele comenta que Pernambuco tem desafios parecidos com os do Brasil na área de educação. "Não basta alfabetizar a criança, ela tem que ser alfabetizada na idade certa. Ela não pode ser alfabetizada com 10 anos, tem que ser até os sete anos de idade, para que tenha uma vida escolar dentro da idade que é correspondente. Este é o desafio", afirmou.

Segundo o secretário, o programa envolve mais de 20 mil professores da rede municipal e cerca de 3.500 escolas que possuem o ciclo de alfabetização e pré-escola. O evento desta quarta-feira conta com palestras das professores Telma Ferraz e Ana Carolina Brandão, do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a participação do ex-secretário de Educação do município de Sobral (CE), Júlio César da Costa, para falar sobre estratégias para melhorar o desempenho escolar nos anos iniciais.

Governador abriu o evento

O governador Paulo Câmara realizou a abertura do Seminário Criança Alfabetizada e falou sobre as parcerias entre o governo do Estado e as cidades pernambucanas para um trabalho integrado na área de educação, não citando o governo Federal. Esta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou os governadores do Nordeste por não terem aderido ao programa para implantação de escolas cívico-militares, além de afirmar que zeraria os impostos federais sobre os combustíveis se os governadores zerassem a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

"Vamos estar juntos nesta caminhada, junto com os prefeitos, as prefeitas, com os secretários de cada município que coordenam este processo, mas junto também com os professores, os gestores, alunos e trazendo cada vez mais os pais e a comunidade escolar. Todo mundo reunido neste objetivo", disse o governador. "O maior legado que um político pode deixar é uma educação pública de qualidade, que forme pessoas que queiram um Brasil cada vez melhor, um Brasil sem preconceito. Um Brasil que deixe, cada vez mais, as nossas crianças pensarem como podem ajudar o país, o Estado e os municípios", finalizou.

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