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Lego ganha salas de aula em escolas do Recife

rojeto está presente em nove escolas particulares do Grande Recife, além da rede do Serviço Social da Indústria (Sesi) no Estado, abrangendo 2,5 mil alunos do ensino infantil ao médio. No Brasil, a Lego Education é representada pela empresa Zoom

Do JC Online
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Publicado em 04/06/2011 às 18:37
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Como uma aula de história sobre o período renascentista, cujo personagem principal é Leonardo da Vinci, pode terminar com um robô montado e executando tarefas? Embora seja mais conhecido por quadros como Monalisa e Última Ceia, da Vinci também foi cientista, matemático, engenheiro, inventor, arquiteto, botânico, poeta e músico. O robô foi criado através de um programa que integra um projeto pedagógico desenvolvido pela Lego Education, usando peças da famosa invenção de encaixar que surgiu na Dinamarca na década de 30, e que saiu das caixas de brinquedos para as salas de aula.

O projeto está presente em nove escolas particulares do Grande Recife, além da rede do Serviço Social da Indústria (Sesi) no Estado, abrangendo 2,5 mil alunos do ensino infantil ao médio. No Brasil, a Lego Education é representada pela empresa Zoom, que abriu recentemente uma franquia na capital pernambucana. Com a proximidade das escolas, o número de parceiros pode aumentar, chegando até ao ensino público. “Estamos apresentando nosso projeto para as unidades de ensino. Inclusive já marcamos reunião com a Secretaria de Educação do Estado para apresentar uma proposta de implantação das aulas de robótica nas escolas públicas”, disse a diretora da Zoom em Pernambuco, Janaína Carvalho.

Numa aula da 6ª série do ensino fundamental, os alunos do Colégio Motivo transformaram uma das invenções de Leonardo da Vinci em robô. Os estudantes recriaram a “máquina de voar”, que o gênio italiano desenvolveu com base no movimento das asas dos morcegos, no século 15. A aula de robótica é uma das preferidas do aluno Leonardo Pulça, 11 anos. “Tenho muita curiosidade sobre a montagem dos robôs”, disse. O colega de classe Pedro Pancotti, 13, vai mais além. “Estamos vendo hoje a tecnologia do futuro, quando os homens vão contar cada vez com as máquinas para desenvolver o que precisarem”, acrescentou.

Professores capacitados pelo programa trabalham, nos laboratórios de robótica, temas estudados nas aulas de matemática, ciências, geografia, história, física e biologia. “Numa aula de ciências, por exemplo, o aluno pode estudar o Sistema Solar. Na robótica, ele vai montar o sistema e recriar os movimentos de rotação e translação, além de programar o robô para alinhar Terra, Sol e Lua e formar um eclipse, por exemplo”, acrescenta Janaína Carvalho. Cada kit do programa Zoom vem com cerca de 500 peças, entre engrenagens, polias, motores e sensores de luz. Uma apostila e um software auxiliam os alunos na montagem. “As únicas disciplinas que são aproveitadas em qualquer robô é a matemática e o raciocínio lógico, pois os alunos precisam fazer cálculos para montá-los, analisando elementos como tempo, velocidade, distância e força”, explicou.

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