A Secretaria da Defesa Civil de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, vistoriou o prédio do Fórum do município, localizado no bairro de Cajueiro Seco, na tarde dessa quarta-feira (11). O edifício de três andares, apesar de precisar de manutenção, não corre risco de desabar.
"O Fórum precisa de manutenção. O reboco está soltando, há problemas na instalação elétrica, de infiltração; o sistema de esgoto também precisa ser revisto, assim como a cobertura. Mas não verifiquei problemas estruturais. Se corresse o risco de desabar, o prédio teria sido interditado", disse o engenheiro responsável pela vistoria, André Castro.
Nessa quarta-feira (11), servidores do Fórum evacuaram o edifício após ouvirem estalos. Eles alegam ainda que sentiram o prédio balançar. "Não percebemos falhas que possam ter causado os estalos. O que há, na verdade, são cerâmicas soltas ou mal colocadas. Quando as pessoas passam de sapatos sociais ou saltos, o chão pode fazer barulhos que parecem estalos", esclareceu.
O sentimento de insegurança ficou no prédio, que realizou o atendimento ao público normalmente nesta quinta-feira (12). Para acalmar os servidores, o 1º Tribunal do Júri, a Vara de Infância e três varas Criminais, todas no último andar, serão transferidos para o edifício que fica ao lado, onde hoje funciona o Ministério Público. A mudança está prevista para a próxima semana.
"É importante dizer que o prédio não será fechado. Essa medida só está sendo tomada para tranquilizar os servidores. Se o prédio não estivesse correndo riscos, não estaríamos trabalhando aqui", apontou o juiz responsável pelo Fórum, José Alberto de Barros Freitas Filho.
Um relatório foi entregue à diretoria do Fórum, apontando as reformas que devem ser feitas. "As recomendações incluem a realização de manutenção preventiva, impermeabilização, revisão, entre outros serviços. Todos eles podem ser realizados sem que os servidores saiam do prédio, mas essa parte ficará a cargo do Tribunal de Justiça de Pernambuco. O que posso garantir é que a Defesa Civil estará monitorando as obras e dando orientações", afirmou o engenheiro André Castro.
Segundo o juiz José Alberto de Barros Freitas Filho, as reformas têm prioridade máxima no Tribunal de Justiça. "Primeiramente, faremos um levantamento das obras necessárias. Os prazos vão depender de quando elas vão custar. Como somos um órgão público, temos que passar por um processo de licitação em alguns casos", disse. Mesmo com a realização dos serviços, o fórum continua funcionando.