O comércio do Centro do Recife viveu um dia de prejuízo por conta das fortes chuvas que atingiram a Região Metropolitana nesta sexta-feira (16). Muitas lojas abriram apenas no período da tarde e algumas nem sequer funcionaram.
A grande quantidade de água acumulada na frente dos estabelecimentos foi a principal dificuldade encontrada pelos comerciantes. O rodo, a vassoura, baldes e detergente tomaram conta das lojas.
Na Avenida Conde da Boa Vista era possível identificar várias portas de lojas fechadas. No início da tarde os funcionários se preparavam para receber o público, que não era grande, diga-se de passagem. "Tivemos muita dificuldade para abrir a loja por conta da água que ficou acumulada aqui na frente. Não tinha como entrar. Fora isso, muita gente chegou atrasada por causa do trânsito", contou José Vanderley, 56 anos, funcionário da Malhas Famosas.
Com o dia atípico, foi preciso uma força-tarefa para que a loja pudesse abrir. Robson Silva, de 38 anos, foi um dos funcionários que ajudaram na limpeza. "Eu sou vigia mas, diante da situação, tive que ajudar em outro setor. Limpei, varri, passei pano... Fiz de tudo um pouco" disse.
Na rua da Imperatriz, os comerciantes também tiveram dificuldades para abrir as portas. O vendedor de côco Edvaldo Melo, 58, reclamou dos alagamentos. Segundo ele, vencer a lama e a água foram os principais problemas. "Foi ruim de chegar aqui na barraca, tudo alagado, muita lama. Isso acabou influenciando nas vendas. Não vendi nem cinco côcos", lamenta.
Uma parte das lojas do Centro funcionou de maneira improvisada, sem um ou outro funcionário que não conseguiu sair de casa. A grande maioria, apesar dos contratemppos, conseguiu abrir as portas.