LIXO HOSPITALAR

Diretor do HC diz que vai abrir sindicância

O médico explica que o lixão no estacionamento foi gerado por duas falhas

Do JC Online
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Publicado em 23/10/2013 às 6:58
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Diretor do Hospital das Clínicas há pouco mais de um mês, o cardiologista Frederico Jorge Ribeiro, 49 anos, tem um grande desafio à frente: retirar a unidade do estado de colapso. "A gente só tem dimensão do buraco quando está dentro dele", desabafou, evidenciando que, a cada dia, conhece com mais profundidade a crise instalada no HC há pelo menos dois anos.

O médico explica que o lixão no estacionamento foi gerado por duas falhas: um contrato subdimensionado com a empresa Elus Engenharia, Limpeza Urbana e Sinalização e um problema com a retroescavadeira da UFPE que auxiliava na coleta dos resíduos.

"O contrato firmado é para recolher uma quantidade de lixo inferior à produzida pelo hospital. Por isso, estamos fazendo um aditivo para aumentar a capacidade de coleta. Também vamos pedir auxílio à UFPE", respondeu. À empresa Elus, o hospital paga por mês R$ 7,9 mil.

Sobre a denúncia de descarte de membros amputados, o diretor demonstrou espanto e afirmou que vai abrir uma sindicância para saber o porquê de resíduos infectantes terem ido parar no estacionamento da unidade. "As imagens são inegáveis. Ela não podia estar no lixo em hipótese alguma. Devia ter sido sepultada ou incinerada", disse.

Como a Serquip é a única no Estado habilitada a fazer a coleta de resíduo hospitalar, o HC contratou o serviço por meio de dispensa de licitação e paga, mensalmente, R$ 29,3 mil. "Não era para haver lixo hospitalar acumulado. Vamos tratar disso como prioridade", assegurou.

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