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Recife terá sete pontos para receber recicláveis

Ideia da prefeitura é instalar ecoestações até o primeiro semestre de 2014. A primeira será inaugurada nesta quinta, em Campo Grande

Roberta Soares
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Roberta Soares
Publicado em 14/11/2013 às 6:04
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Ideia da prefeitura é instalar ecoestações até o primeiro semestre de 2014. A primeira será inaugurada nesta quinta, em Campo Grande - FOTO: Diego Nigro/JC Imagem
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Uma reação e a tentativa de trazer a sociedade para perto como forma de minimizar o problema do lixo no Recife. Essa é a estratégia do Executivo municipal, anunciada ontem, durante coletiva da direção da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana da capital (Emlurb). Sete ecoestações serão construídas na cidade até março de 2014 para serem pontos de recebimento de materiais recicláveis levados espontaneamente pela população. A promessa é que sejam lugares organizados e limpos, mantidos pelas duas empresas contratadas para cuidar do lixo recifense – Vital Engenharia e Cael Engenharia. O município também está reforçando a coleta seletiva, mas com as ecoestações aposta na conscientização. A primeira estação de coleta, no bairro de Campo Grande, Zona Norte da capital, será inaugurada nesta quinta-feira (14).

As outras seis ecoestações serão instaladas nos bairros da Imbiribeira, Ibura (Zona Sul), Torre, Mangueira, Iputinga (Zona Oeste) e no Arruda (Zona Norte), além de Campo Grande. Até dezembro, a promessa é construir as unidades da Imbiribeira e da Torre, enquanto as quatro restantes ficarão prontas até o fim do primeiro trimestre de 2014. Cada cidadão poderá entregar um metro cúbico de material por dia, o que equivale a dez sacos de 100 litros, de segunda a sábado, das 8h às 17h. As estações receberão apenas material reciclável. Serão aceitos metralhas, móveis, utensílios domésticos, além de resíduos de podas e domiciliares. Nada de lixo industrial, de saúde ou orgânico.

“As unidades serão limpas e contarão com um agente ambiental e um auxiliar de serviço geral para receber os recicláveis. Tudo que for entregue será encaminhado aos núcleos de triagem da cidade, mantidos pela prefeitura”, afirmou o presidente da Emlurb, Antônio Barbosa. De lá, o material será separado é vendido pelos recicladores.

A nova estratégia de lidar com o lixo está sendo chamada de Projeto EcoRecife e prevê investimentos de R$ 15 milhões em dois anos. A frota de coleta seletiva foi ampliada de dois para cinco caminhões. A expectativa da prefeitura é triplicar a pouca capacidade de recolhimento de material reciclável da cidade, hoje de apenas 2,5% do lixo produzido. O município também está ampliando a coleta seletiva, incluindo sete novos bairros (Areias, Caxangá, Cidade Universitária, Estância, Iputinga, Jardim São Paulo e Várzea), passando a atender 54 áreas da cidade.

Ecopontos para material reciclável, entulhos e até lixo comum estão sendo espalhados em mais de cem áreas da cidade. O Projeto EcoRecife prevê, ainda, campanhas educativas e a elaboração, em seis meses, do Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, que fará um diagnóstico do lixo produzido no Recife e apontará soluções.

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