ASSISTÊNCIA

Casa do Hemofílico pede socorro

Instituição, localizada no bairro dos Torrões, foi fundada há 26 anos, para acolher portadores da doença que moram fora da Região Metropolitana e que recebem tratamento diário no Hemope

Do JC Online
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Publicado em 07/12/2013 às 17:53
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A Casa do Hemofílico Gilson Saraiva, instituição de apoio a portadores de hemofilia, doença de ordem genética, fechou as portas na última segunda-feira. O centro vinha enfrentando dificuldades financeiras há alguns meses e era mantido com recursos repassados pela Fundação Hemope, mas o atraso desse repasse tornou impossível continuar com os atendimentos. Com isso, cerca de 15 pacientes que passam por tratamento no Recife estão desassistidos. A instituição, localizada no bairro do Torreão, Zona Norte do Recife, foi fundada pelo hematologista Gilson Saraiva. Há 26 anos acolhe portadores da doença que moram longe da capital e que recebem tratamento diário no Hemope.

De acordo com o coordenador da casa, e também portador de hemofilia, Luis Gomes, a verba de aproximadamente R$ 5 mil que era repassada pelo Hemope está atrasada há dois meses. “Os salários dos três funcionários que trabalham aqui também estão atrasados”, afirmou. As contas de água, energia e telefone também não estão sendo pagas e correm o risco de ter o fornecimento interrompido.

Outro problema enfrentado é a falta de alimentos. A instituição fornece três refeições diárias para os pacientes. “Faço um apelo aos empresários, que venham conhecer as nossas instalações e que vejam a nossa situação”, pede o coordenador.

O centro também sofre com problemas estruturais, como infiltrações e rachaduras nas paredes. Uma construtora cedeu materiais para uma pequena reforma. As infiltrações estão sendo reparadas e as paredes ganharam nova pintura.

Para a dona de casa, Damiana Pereira Alves, 45 anos, que mora em Serra Talhada e enfrenta seis horas de viagem para trazer o filho Daniel, 11, ao Recife para tratar-se no Hemope, o centro é de vital importância. “É muito longe de lá pra cá. Se não fosse a casa, seria mais difícil. Acho muito importante ter esse lugar onde a gente pode ficar”, explicou.

De acordo com a assessoria do Hemope, os pagamentos serão regularizados. Parte do valor seria repassado ainda na semana passada e outra metade nesta semana. A assessoria informou, ainda, que não houve interrupção no repasse da verba e que tratou-se apenas de um atraso. 

Quem quiser ajudar a Casa do Hemofílico Gilson Saraiva, pode entrar em contato pelo telefone 3272.9901. As doações também podem ser feitas através de uma conta no Banco Santander (conta 13000357-2, agência 4016). 


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