A oitava edição da Marcha da Maconha realizada no Centro do Recife, neste domingo (04), foi marcada pela presença predominante de jovens e de estudantes de movimentos sociais. O evento tem como proposta levar à sociedade debate sobre a utilização da droga no País. De acordo com a organização movimento, cerca de 500 pessoas participaram do encontro.
A concentração teve início às 14h, na Praça do Derby, e seguiu em direção ao Cais da Alfândega por volta das 17h. Enquanto caminhavam pela Avenida Conde da Boa Vista, a forte chuva dispersou o grupo, mas não atrapalhou o movimento, de acordo com a representante do Coletivo Antiproibicionista de Pernambuco, organizador do ato, Ingrid Farias.
Para ela, esta edição tem um diferencial em relação às anteriores. "A marcha deste ano é mais cultural", diz, se referindo aos shows da cantora Isaar e de bandas de reggae realizados no final do percurso. Malabaristas e um grupo de maracatu também acompanharam a caminhada.
Ingrid disse que o movimento teve como objetivo prestar esclarecimentos à população sobre a legalização e o uso da droga, sem o pudor discriminatório. A assessora da presidência do Uruguai, Raquel Peyraube, participou do encontro. O País foi o primeiro do mundo a legalizar a produção e a venda de maconha com o objetivo de enfrentar o narcotráfico e a violência ligada às drogas. A reportagem entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar, mas o órgão informou que não disponibiliza mais estimativa de público após a realização do evento, apenas no local, durante o ato.