Moradores do Recife ganharam, no último ano, dois parques na Zona Norte da cidade, o de Apipucos e o da Macaxeira. Também tiveram o Parque Santana, no bairro de mesmo nome, ampliado e reformado. Com áreas verde e opções de lazer para crianças e adultos, os novos espaços não têm, ainda, quiosques funcionando. Quem frequenta ou visita esses locais precisa levar água e lanche, se não quiser ficar com sede ou fome.
“Seria bom que vendessem água ou frutas, como acontece na Jaqueira. Faz falta”, diz o construtor Ícaro Cunha, 61 anos, frequentador do Parque Santana. Ele reclama que os banheiros estão sempre fechados, a pista de bicicleta é usada por pessoas para caminhar e é comum encontrar fezes de cachorros nessa via. “Às vezes tem até moto circulando no parque”, conta Ícaro.
No local existem cinco quiosques, todos fechados. Com investimento de R$ 9,2 milhões, o Parque de Santana está em fase final de requalificação, segundo a Prefeitura do Recife, responsável pela administração do espaço. A previsão é que até o próximo mês os serviços sejam concluídos. O parque tinha, antes da ampliação, 26 mil metros quadrados. Agora soma 63 mil metros quadrados.
Em Apipucos, o parque que leva o mesmo nome do bairro foi concluído em março deste ano. “Vim umas cinco vezes e parei. Tenho medo, pois é esquisito. Se os quiosques estivessem funcionando com certeza atrairiam mais gente”, comenta a aposentada Nita Arcanjo, 64, moradora do bairro.
São sete quiosques. Diferentemente dos que foram instalados no Parque Santana, em Apipucos a estrutura é de alvenaria, com vitrines de vidros, semelhante a pequenas lojas. Com 28 mil metros quadrados, o parque tem área infantil, academia ao ar livre, gramado para eventos, passeios e pista de cooper.
Segundo a prefeitura, até setembro os quiosques dos Parques de Santana e de Apipucos estarão funcionando. As Secretarias Municipais de Turismo e de Mobilidade e Controle Urbano fazem levantamento para analisar os critérios e cadastrar os comerciantes que irão atuar no Parque Santana. No de Apipucos, a Emlurb avalia como será o modelo de concessão.
MACAXEIRA - O mais novo equipamento é o Parque da Macaxeira, inaugurado em abril pela Secretaria das Cidades, do governo estadual. Ao custo de R$ 18 milhões, o espaço já apresenta falhas, com apenas dois meses de uso. O gramado está incompleto, uma das pistas de cooper tem um trecho afundado, há bancos de madeiras deteriorados e o parque infantil fica alagado em dias de chuva.
Foram instalados 10 quiosques, sendo quatro no lado esquerdo da entrada do parque (pela Avenida Norte) e seis no centro. Como não funcionam, comerciantes informais aproveitaram para instalar barracas na calçada, do lado de fora, para vender lanches e bebidas.
“Sem dúvida esse parque foi um ganho para os recifenses. Moro no bairro e venho sempre com meu filho. Mas inauguraram sem estar pronto porque a politicagem foi maior”, diz o atendente Plínio Sóstenes, 44. Anteontem, ele e o filho jogavam bola na quadra enquanto funcionários da construtora terminavam de aprontar o espaço.
A Secretaria das Cidades informou que a construtora foi notificada sobre as falhas e que os reparos estão sendo feitos. A previsão é que até o fim deste mês tudo fique pronto. Quando estiver concluído, o parque ficará sob responsabilidade da prefeitura, que ainda não decidiu o uso dos quiosques porque não recebeu oficialmente a administração.