Negociações

Rodoviários realizam assembleia para discutir paralisação

Categoria pede reajustes no salário e tíquete refeição

Do JC Online
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Publicado em 23/07/2014 às 15:54
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Os motoristas, fiscais e cobradores de ônibus estão ameaçando deflagrar uma paralisação. Na tarde desta quarta-feira (23), o Sindicato dos Rodoviários (Serpe) rodoviários  reúne a categoria mais uma vez no Marco Zero, a partir das 16h, para realizar uma nova assembleia e decidir os rumos do movimento. 

De acordo com o assessor de comunicação da categoria, Genildo Pereira, uma assembleia realizada nesta manhã decretou estado de greve, depois de a categoria não aceitar a proposta patronal do acordo realizado na tarde dessa terça-feira (22) no Ministério Público do Trabalho (MPT).

" Durante a negociação a classe patronal ofereceu um reajuste de 5 %. O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho que estava intermediando o acordo sugeriu 10%. A classe patronal ficou de avaliar a proposta e discutir na próxima negociação", explicou. 

A proposta apresentada pelo procurador-chefe do MPT, José Laízio Pínto Júnior, deverá ser analisada por patrões e empregados em um novo encontro nesta quinta-feira (24), às 14h, no MPT.

Além da proposta do reajuste, representantes do Urbana/PE propuseram a criação de um banco de horas com validade de um ano, ampliação dos intervalos intrajornadas para quatro horas e a revalidação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de 2013.

A categoria deseja um aumento de 10% nos salários e um reajuste no valor do tíquete refeição, para que ele alcance a média paga no Nordeste de R$ 320. " Atualmente recebemos um valor de alimentação de R$ 5,60 por dia. Com este valor não é possível fazer um almoço digno. Tudo o que desejamos é um aumento justo", completou Genildo.

Atualmente, o salário pago a motoristas é de R$ 1.605 e a cobradores, R$ 783,30. O aumento proposto pelo MPT elevaria os valores, em média, para R$ 1.765,50 e R$ 861,63, respectivamente. Já os fiscais, que recebem R$ 1.037, passariam a ganhar R$ 1.140,70.

Se não acontecer acordo, os rodoviários pretendem avisar a população e paralisar as atividades a partir da meia-noite do domingo  para a próxima segunda-feira (28). 

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