O comerciante Jailson Duarte Cesar, 29 anos, acusado de envolvimento na morte do cirurgião torácico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 35, assassinado a tiros no último dia 12 de maio, afirmou ser inocente durante uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (31), em Candeias, na Zona Sul do Recife. Jailson Duarte estava acompanhado de quatro advogados.
O comerciante é acusado de ter intermediado a negociação entre executores e mandante do crime, mas não participou da execução, segundo as investigações. Nesta tarde, ele foi se apresentar no Forúm de Jaboatão dos Guararapes, mas o inquérito não estava com a juíza. De acordo com Jailson Duarte, ele apenas apresentou Lyferson Barbosa da Silva, 32, para Cláudio Gomes Júnior, 32, para que Cláudio facilitasse a compra de um carro em uma concessionária.
Jailson disse que costumava arrumar clientes para Cláudio Júnior, que é bacharel em Direito, e negou qualquer envolvimento com a morte de Arthur. O comerciante já foi preso em 2008, depois da operação Guararapes, acusado de formação de quadrilha, e passou três anos e seis meses no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel).
Além dele, outras quatro pessoas foram indiciadas pelas morte do cirurgião torácico Artur Eugênio. O médico Cláudio Amaro Gomes, 57 anos, foi apontado pela polícia como o mandante do crime. O filho Cláudio Amaro Gomes Júnior, o auxiliar de expedição Flávio Braz de Souza e Lyferson Barbosa da Silva, foram acusados de execução.
Os acusados vão responder pelos crimes de sequestro, homicídio, roubo, associação criminosa, estelionato e comunicação falsa de crime. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Guilherme Caraciolo, o mandante do crime pagou uma quantia entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para executar Artur Eugênio.
Já estão presos o médico Cláudio Amaro e o filho, desde o dia 3 de junho. Lyferson também está preso, mas por envolvimento com o assalto a um carro-forte que resultou na morte de uma idosa, em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes. Jailson e Flávio estão em liberdade.
No inquérito concluído na última sexta-feira (25), foram apontadas como motivação para o crime desavenças profissionais. Artur já tinha recebido notas baixas de Cláudio Amaro Gomes e rompido sociedade com ele. A vítima já teria recebido ameaças profissionais e comentado com colegas de trabalho.