Cerca de 16 mil habitantes da área central de Camaragibe dependem de ônibus para se locomover. Diariamente passam pelo suplício de ver os modernos veículos do BRT (Bus Rapid Transit) passar à sua frente, mas não podem usá-los. Isso porque oito das dez estações previstas para os três quilômetros da Avenida Belmino Correia que compõem o corredor Leste-Oeste não passam de blocos de concreto no chão. As duas restantes nem isso.
Quem precisa usar o Bus Rapid Transit em Camaragibe tem apenas duas opções: o Terminal Integrado ou a estação que fica no final da Avenida Caxangá, próxima à divisa com o Recife. Exatos três quilômetros separam os dois trechos, e muita gente fica literalmente no meio do caminho.
Inicialmente prevista para o mês de junho, antes da Copa do Mundo, a obra deve ser concluída apenas no final do ano, e com um agravante: os BRTs não terão faixa exclusiva, ou seja, vão dividir com os demais veículos o espaço do tumultuado tráfego da avenida.