Cerca de 25 mil ciclistas do Rio devem percorrer 12 quilômetros ao longo da Baía de Guanabara neste domingo (21), em um passeio ciclístico às vésperas do Dia Mundial Sem Carro, celebrado em 22 de setembro.
O presidente da Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecierj) e um dos idealizadores do evento, Cláudio Santos, contou que neste 27ª edição a procura foi tão grande que o passeio ocorrerá em dois dias.
“Também faremos um passeio em Niterói no dia 27". O objetivo é contribuir para a desaceleração do aquecimento global. No ano passado, segundo Santos, foram 19 mil inscritos. "Neste ano, estamos oferecemos um kit e já temos mais de 21 mil inscritos”, acrescentou.
A concentração começa às 8h e a largada às 9h, próximo ao Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, zona sul. O trajeto que vai até a enseada de Botafogo, ida e volta, deve durar aproximadamente uma hora e 15 minutos. No local de partida e chegada haverá também mecânicos especializados para fazer regulagens e pequenos reparos.
“O clima vai mudar radicalmente daqui a 20 anos e estamos muito preocupados com isso - 70% do monóxido de carbono são provenientes dos gases despejados por veículos motorizados. Conseguimos provar que é possível se locomover sem carro. Nossa bandeira é ter um planeta mais saudável e melhor qualidade de vida”, comentou.
As inscrições terminam hoje (20) e custam R$ 10,00. O kit inclui camisa, bolsa de praia personalizada, boné, garrafinha de água, dois ingresso do metrô, medalha, protetor solar, Código de Transito Brasileiro de bolso, adesivo e um número para concorrer a 20 bicicletas de 21 marchas. Os locais para inscrição podem ser encontrados no site da Facierj (https://www.fecierj.org.br/novosite/index.asp)
Os ciclistas terão à disposição também uma embarcação de 2 mil lugares para trafegar de Niterói ao Rio de Janeiro no trajeto Praça Arariboia-Praça XV. O usuário poderá comprar o bilhete sem precisar pagar para levar a bicicleta.
Carlos comemorou que passados 27 anos desde a primeira edição do passeio ciclístico, o aumento da utilização da bicicleta tornou-se significativo no Rio. “Conseguimos trazer novos adeptos, aumentou o número de ciclovias e bicicletários públicos e em estabelecimentos como shoppings. Nosso trabalho é estimular esse transporte”, lembrou o organizador do evento.
Claudio lamentou, entretanto, que o transporte público de massa no país seja pouco eficiente. “O uso da bicicleta geralmente é feito até oito quilômetros e por isso a integração com o transporte publico de massa é fundamental. Em alguns países da Europa, essa integração é prioridade, os pedágios são altíssimos para carros, a prefeitura empresta bicicletas para os cidadãos, há ciclovias por toda a parte”, disse.