DESCASO

BR-101 é a mais esburacada do Recife

Má conservação da via causa acidentes e trânsito lento

Do JC Online
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Publicado em 30/09/2014 às 7:00
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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O gesto é recorrente. Ao verem que a equipe de reportagem está fotografando os vários buracos em diversos trechos dos cerca de 15 quilômetros da BR-101 que cortam o Recife, os motoristas – que precisam diminuir a velocidade de seus veículos – fazem com o polegar para baixo o sinal universal de desaprovação.

Os dois quilômetros iniciais da principal via de acesso ao Recife pelo interior do Estado, a BR-232, também carecem de cuidados básicos, como capinação e sinalização. Em suma, dentro dos limites do Recife, as duas principais rodovias federais do Estado mais parecem vielas esquecidas.

O caso da BR-101 é mais grave. Com 49% de seu asfalto sendo considerado ruim e regular pela Secretaria das Cidades do governo do Estado, a rodovia deveria ser alvo de uma grande obra de requalificação, anunciada em janeiro deste ano e orçada em R$ 216 milhões.
O projeto não foi à frente, aumentando o martírio de quem precisa passar todos os dias pelo local. “Levo uma hora e meia para percorrer apenas oito quilômetros entre a Muribeca (em Jaboatão) e o Barro (Zona Oeste do Recife). Sem contar os custos com a manutenção do caminhão, já que a gente perde amortecedores e molas facilmente”, conta o caminhoneiro Luiz Carlos Silveira.

A incidência de buracos na BR-101 é maior no trecho de pouco mais de cinco quilômetros entre o cruzamento com a BR-232, no bairro do Curado, Zona Oeste da capital, até o Ibura, já na Zona Sul. Em alguns locais, como na proximidade da Vila dos Milagres, é preciso quase zerar a velocidade para evitar danos ao veículo.
Lixo em profusão, acostamentos deficientes e sinalização praticamente inexistente completam o quadro de abandono da principal rodovia federal do Brasil – com 4.700 km, a BR-101 corta 12 Estados, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.

INTERIOR
Na BR-232, passagem quase obrigatória de quem sai do Recife em direção ao interior, o asfalto não é o maior problema. No trecho que vai da descida do viaduto da Avenida Abdias de Carvalho até a interseção com a BR-408, no Curado, os grandes entraves são o péssimo estado de conservação do acostamento, a pouca sinalização e a falta de capinação nos canteiros.

A parada de ônibus em frente ao 4º Batalhão de Polícia do Exército tem uma peculiaridade: os coletivos não podem parar ali, apenas 100 metros antes ou depois do ponto, tal é a quantidade de buracos no acostamento. “A gente anda muito. Sem contar que muitas vezes os ônibus nem param, justamente para não passar pelos buracos”, diz o vendedor José Richard, que trabalha na Ceasa.

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Má conservação da BR-101 causa acidentes e trânsito lento - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Má conservação da via causa acidentes e trânsito lento - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Lixo também se acumula no acostamento da rodovia - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Má conservação da via causa acidentes e trânsito lento - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Má conservação da via causa acidentes e trânsito lento - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Má conservação da via causa acidentes e trânsito lento - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
População recorre a métodos alternativos para avisar aos motoristas sobre os perigos na via - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
População recorre a métodos alternativos para avisar aos motoristas sobre os perigos na via - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Má conservação da via causa acidentes e trânsito lento - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Má conservação da via causa acidentes e trânsito lento - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

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