URBANISMO

Juízes do trabalho denunciam péssimas condições do prédio da Sudene

Magistrados vão paralisar atividades hoje para denunciar o abandono do edifício e o risco de incidentes no local

Do JC Online
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Do JC Online
Publicado em 09/10/2014 às 8:00
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Trabalhar com segurança já não parece mais possível no prédio da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife. E não é a falta de policiamento que preocupa servidores públicos e advogados, mas as condições físicas do edifício, construído há 40 anos. A situação é tão grave que os juízes da 23ª Vara do Trabalho resolveram cruzar os braços hoje em protesto às deficiências do local. Eles querem alertar a população sobre a manutenção precária e os conseqüentes riscos enfrentados por quem frequenta a Sudene.

Os 13 andares do prédio de quase 68 mil metros quadrados apresentam problemas estruturais como rachaduras, infiltrações, fios expostos e extintores vencidos. Elevadores quebrados e falta de saídas de emergência também amedrontam os servidores.“Temos medo que ocorra um incidente que coloque todos em perigo. Não estamos preocupados apenas com nossa segurança. Se houver um incêndio, o fogo pode se alastrar pelo prédio inteiro porque não há portas de contenção”, explica José Adelmyr Accioly, vice-presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho (Amatra) e um dos organizadores da paralisação. Além dos juízes, trabalham na Sudene técnicos de órgãos públicos como o IBGE e o Ministério da Saúde. Por dia, cerca de três mil pessoas passam pelo local.

Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
Juízes do trabalho denunciam péssimas condições do prédio da Sudene - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Banheiros estão deteriorados - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Rachaduras podem ser observadas em várias paredes - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Estrutura hidráulica está exposta e comprometida - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Instalações elétricas necessitam de reparos urgentes - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Processos de ações trabalhistas estão mal acondicionados e em local precário - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Rachaduras podem ser observadas em váras paredes - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Alguns elevadores também não funcionam - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Piso de parte da estrutura externa do edifício está esburacado - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Obra para reforço da estrutura do prédio foi abandonada e o canteiro encontra-se à vista de todos - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Obra para reforço da estrutura do prédio foi abandonada e o canteiro encontra-se à vista de todos - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Obra para reforço da estrutura do prédio foi abandonada e o canteiro encontra-se à vista de todos - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Vários banheiros foram interditados por falta de manutenção - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem

Em uma rápida visita, é possível entender a preocupação. Logo na entrada, um buraco na parede com quase um metro de diâmetro assusta os visitantes. No estacionamento, rachaduras cortam as paredes de cima a baixo. Ainda é possível observar as bases dos pilares que sustentam a construção. A escavação foi feita há um ano para que a estrutura fosse reforçada, mas o serviço ficou pela metade e o canteiro de obras continua aberto. No teto, fios caídos e tubulações enferrujadas com vazamentos completam o cenário de abandono. Um banheiro foi interditado por causa do problema. Na porta, uma placa explica o motivo: “não se aproxime, risco de choque”.

Durante a paralisação, funcionários das 23 varas de trabalho instaladas no edifício vão conversar e distribuir panfletos entre os visitantes para expor a situação. A Amatra ainda pediu que os Bombeiros e a Defesa Civil do Recife vistoriem o prédio para indicar as reformas necessárias. Todas as audiências marcadas para hoje serão remarcadas para os próximos dias.

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