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Combate ao autismo é destaque em livro

Com mais de 20 anos de experiência no assunto, Olga Hosken lança publicação no Recife

Amanda Tavares
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Amanda Tavares
Publicado em 12/10/2014 às 14:00
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Com mais de 20 anos de experiência no assunto, Olga Hosken lança publicação no Recife - FOTO: NE10
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O diagnóstico tardio é um dos motivos que dificultam o tratamento do autismo no Brasil. A afirmação é da pedagoga Olga Hosken, especialista em desenvolvimento infantil. Formada pela Universidade de Brasília (UNB), Olga mora na Flórida, onde atende, há mais de 20 anos, crianças com necessidades especiais, em um programa do Departamento Estadual de Saúde. Com base na sua experiência no Brasil e nos EUA, Olga escreveu o livro Autismo - o cinza e as outras cores, que será lançado nesta segunda-feira (13) no Recife.

A autora utiliza uma linguagem simples e acessível para abordar, em dez capítulos, um tema já discutido, porém com poucas ações efetivas para o combate ao problema. “Infelizmente o Brasil ainda está engatinhando quando o assunto é autismo. Segundo o neurologista e pesquisador Ricardo Cassa Rodrigues, a doença atinge quase 2 milhões de brasileiros. Apesar disso, o diagnóstico se dá, em muitos casos, quando a criança está com seis anos. Mas o ideal é que o autismo seja descoberto na primeira infância (até os três anos). Dessa forma o tratamento tem mais chances de sucesso”, explica.

Quando vem ao Brasil ministrar palestras, Olga Hosken visita escolas em vários municípios. Assim percebeu despreparo dos professores e mesmo dos familiares. “A inclusão, em muitas instituições, existe somente no papel. Isso porque, para os pais, que naturalmente esperam que seus filhos sejam saudáveis, não é fácil admitir o problema. Os professores, por falta de conhecimento, acabam sem saber como agir e deixam a criança autista andando pela sala, ociosa. O ideal, porém, é que o diagnóstico seja dado nos primeiros anos de vida, que são os mais importantes para a aprendizagem, e que o paciente seja submetido a tratamento com psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e pedagogo (que atue como um instrutor especial). E quando chega à escola a criança precisa de um acompanhamento constante para estar sempre envolvida em atividades. Ou seja, o professor precisa de um auxiliar”, salienta.


No livro Olga Hosken dá detalhes sobre o conceito de autismo, enumera sinais que devem ser observados nas crianças, explica quais são as terapias indicadas e como se dá a inclusão escolar e social.

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