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Entorno do Mercado de Afogados só será ordenado em fevereiro

Comerciantes informais que foram retirados da Estrada dos Remédios em fevereiro de 2013. ainda esperam o pátio em que vao trabalhar ser concluído

Do JC Online
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Publicado em 20/11/2014 às 8:02
Foto: Guga Mattos / JC Imagem
Comerciantes informais que foram retirados da Estrada dos Remédios em fevereiro de 2013. ainda esperam o pátio em que vao trabalhar ser concluído - FOTO: Foto: Guga Mattos / JC Imagem
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Dois anos. Este é o tempo que a Prefeitura do Recife vai levar para concluir a organização do entorno do Mercado de Afogados, na Zona Oeste. O trabalho teve início em fevereiro de 2013, quando o prefeito Geraldo Julio deflagrou que pretendia pôr fim à desordem do comércio informal nos arredores dos mercados públicos da cidade. O serviço passou por Água Fria e Casa Amarela, mas empacou em Afogados. Os ambulantes que ocupavam a Estrada dos Remédios foram transferidos para a Rua do Acre. A intenção era que ficassem ali por três meses, enquanto o pátio que vai recebê-los ficava pronto. A obra nunca foi concluída. O secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, garante que o pátio abre em fevereiro.

“Faz quase dois anos que esperamos uma melhora, mas não recebemos nada. Ninguém sabe quando o pátio vai ficar pronto. Enquanto isso, ficamos neste aperreio. Quando chove, esta rua alaga, fica cheia de rato, lama, tudo”, reclama a feirante Maria do Carmo Alves, 62. Outros também reclamam da falta de informações sobre o novo local de trabalho. “Disseram que era provisório. Mas o tempo passou e continuamos aqui, sem saber o que vai acontecer”, reforça Gemna Azevedo, 31.


Reforma do pátio custou R$ 210 mil e deveria ter durado três meses. Foto: Guga Mattos / JC Imagem

A poucos metros dali, o pátio que vai receber os comerciantes já está calçado e gradeado na Rua João Carlos Guimarães. Alguns operários terminam os banheiros e as instalações hidroelétricas das barracas, mas ainda não há sinal das bancas e da coberta prometida. Na entrada, uma placa informa custo e tempo que a reforma deveria ter levado: R$ 210 mil e 90 dias, respectivamente.

Com a demora, a Rua do Acre se transformou em uma feira. As barracas ocupam toda a largura da via no trecho entre a Rua General Cristóvão Colombo de Souza e a Estrada dos Remédios. É tanta gente que nem todos foram cadastrados para o novo pátio, que tem 3,6 mil metros quadrados e vai comportar cerca de 400 comerciantes.

O secretário João Braga afirma que todos sairão da Rua do Acre. “Mas só vai para o pátio quem foi cadastrado.” Ainda não se sabe o que será feito com os demais comerciantes. A prefeitura estuda um novo plano de mobilidade para a via, que teve o fluxo de veículos restrito em 2013, mas deve voltar a receber carros.

O secretário ainda explicou que problemas nos processos licitatórios atrasaram a reforma do pátio, mas disse que a última etapa está sendo executada: a aquisição das barracas. A previsão é que a inauguração ocorra até fevereiro.

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