giro metropolitano

Desapropriações atrasam obras da Via Metropolitana Norte

Um ano depois do anúncio, apenas 15% dos serviços foram concluídos às margens do Rio Fragoso, em Olinda. Ainda há 1.630 imóveis no caminho

Valéria Oliveira
Cadastrado por
Valéria Oliveira
Publicado em 25/11/2014 às 7:54
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
FOTO: Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Leitura:

As obras da Via Metropolitana Norte, corredor viário que promete desafogar o trânsito caótico de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), seguem a passos lentos. O serviço está parado em vários pontos. Pouco mais de um ano após o início oficial dos trabalhos, o governo do Estado não conseguiu avançar na abertura da via. 

De acordo com a Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehab), o entrave para o andamento das obras está no processo de desapropriação dos imóveis localizados às margens do Rio Fragoso, por onde o corredor viário vai passar. Dos dois mil imóveis previstos para serem demolidos, apenas 370 foram indenizados. E, até agora, apenas 15% da obra foi executada.

Orçada em R$ 123 milhões, com recursos do PAC da Mobilidade, a Via Metropolitana Norte terá 6,1 quilômetros de extensão e fará a ligação do Litoral Norte com o Recife. A avenida vai conectar a rodovia PE-15 à PE-01, até as imediações da Ponte do Janga, no limite dos municípios de Olinda e Paulista. A ordem de serviço para a construção do corredor viário foi assinada em setembro de 2013, pelo então governador Eduardo Campos, com prazo de 30 meses para execução.

Quatro meses após o Jornal do Commercio publicar matéria mostrando o andamento das obras, pouca coisa mudou na paisagem olindense até sexta-feira passada, dia em que a reportagem foi produzida. Até agora, apenas 800 metros do Rio Fragoso foram dragados, quando a primeira etapa da obra estipulava o revestimento de um trecho de 2,3 quilômetros. Das 8 pontes previstas no projeto, cinco tiveram as obras iniciadas, mas somente uma foi concluída. Sem a remoção das famílias, não há como o serviço ter andamento.

Foto: Edmar Melo/JC Imagem
- Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
- Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
- Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
- Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
- Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
- Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
- Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
- Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
- Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
- Foto: Edmar Melo/JC Imagem

DESAFIOO diretor técnico da Cehab, Nelson Holanda, admite o atraso na execução do projeto viário. “Acredito que estamos uns seis meses atrasados. Mas estamos dependendo das desocupações, que estão impactando no ritmo dos trabalhos. Para conseguirmos evoluir, teremos que mexer com quase dois mil imóveis”, explicou. Para acelerar o processo de desapropriação, a Procuradoria-Geral do Estado está assumindo as negociações e o valor das indenizações vem sendo discutido com os proprietários dos imóveis localizados às margens e nas proximidades do Rio Fragoso.

Além disso, outro ponto que está causando o entrave, segundo a Cehab, é a liberação do contrato de financiamento de recursos por parte da Caixa Econômica Federal. No início deste mês, a instituição financeira deu autorização para execução da segunda etapa da obra. De acordo com a Cehab, até o dia 15 de dezembro será dada a ordem de serviço para a continuidade dos trabalhos.

O corredor viário contará com duas pistas marginais com 10,5 metros de largura. Cada uma delas terá três faixas, sendo uma delas exclusiva para ônibus. Além disso, o projeto prevê ciclovia ao longo da pista oeste com 2,5 metros de largura e um viaduto sobre a PE-15. Cerca de 70 mil motoristas e 60 mil usuários de ônibus dos bairros de Maria Farinha, Pau Amarelo, Janga, Rio Doce e Jardim Atlântico vão ser beneficiados.

Últimas notícias