Devotos de Nossa Senhora da Conceição e comerciantes do Morro levaram um susto na madrugada de domingo (7), quando um incêndio destruiu um dos velórios do santuário. O acidente aconteceu à 1h30 e as chamas só foram apagadas às 2h, pelo Corpo de Bombeiros Militar. Paredes do velório (local para se acender velas) desabaram, sem fazer vítimas. A 110ª Festa do Morro da Conceição termina nesta segunda-feira (8), dia dedicado à santa.
“O calor derreteu mercadorias e lonas de barracas que estavam nas proximidades. Meu prejuízo ultrapassa R$ 400”, diz o comerciante Hermes Cordeiro. Ele estava no local, na hora do incêndio. Depois de controlar as chamas, os bombeiros isolaram a área com fita zebrada.
Fabíola Ramos da Silva, comerciante da festa, também presenciou o fogaréu e disse que as labaredas ficaram tão altas a ponto de queimar as folhas das palmeiras da igreja. “Minha barraca é presa ao poste e não teve como ser afastada. Fui a mais prejudicada”, informa, mostrando cadeiras e lonas danificadas.
Com a situação regularizada ainda pela madrugada, fiéis subiram o Morro da Conceição, na tarde de domingo, para antecipar os agradecimentos e pagamento de promessas. Velas foram acesas no velório que continua de pé e fitas amarradas aos pés da santa. Nas ladeiras, comerciantes vendiam camisetas com estampas de Nossa Senhora, flores, terços, escapulários e oratórios.
Jovens, como Jaimerson Henrique Camelo, 21 anos, e Diana Cordeiro, 18, aproveitaram o domingo (7) para pagar promessas. Descalça e vestida de branco, Diana subiu o Morro de costas, com a ajuda de familiares. Jaimerson chegou ao santuário vestido com uma mortalha azul, que depositou junto da imagem da santa.
O rapaz veio de Camaragibe, no Grande Recife, e Diana saiu da Guabiraba, na Zona Norte da capital. Pagam promessa pela primeira vez. Wanessa Ramos, 31, moradora de Paulista, na Região Metropolitana, cumpriu seu ritual de agradecimentos, pelo oitavo ano consecutivo.
"Peço saúde para a minha família, paz e felicidade", diz Wanessa, pedagoga de formação. "Antecipamos a visita porque na segunda-feira (8) seria mais difícil reunir os parentes. Minha irmã estará trabalhando", explica.
Leia mais na edição desta segunda-feira (8), no Caderno Cidades