complexo viário

Ocupação irregular permanece em área destinada ao Terminal de Integração Joana Bezerra

Maioria do grupo é composto por ex-moradores do Coque que tiveram suas casas desapropriadas

Do JC Online
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Publicado em 24/02/2015 às 7:35
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
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Em 2013 moradores do Coque, na Ilha Joana Bezerra, começaram a construir casas improvisadas às margens do Viaduto Capitão Temudo, um dos complexos viários mais movimentados do Recife e principal ligação entre as Zonas Norte e Sul da capital. No início, a Prefeitura do Recife ainda tentou evitar a ocupação, principalmente pelo risco de acidentes, mas não teve jeito. Desde então eles permanecem lá, expandindo a nova comunidade a cada dia, bem devagar, sem chamar muito a atenção. No começo, eram 20 casas. Hoje, são cerca de 150. Em pouco tempo serão mais porque as famílias continuam erguendo pequenas moradias. E não há qualquer previsão de ordenamento ou retirada.

Os imóveis – alguns já com dois pavimentos, outros transformados em galpões – ocupam a área planejada para receber o acesso viário do novo Terminal Integrado de Joana Bezerra, um dos mais importantes na integração metrô e ônibus, cuja obra se arrasta desde 2012 e encontra-se paralisada desde outubro de 2014. A área ficou desocupada à espera do início da construção do novo TI e, lentamente, as famílias foram invadindo. A maioria das pessoas que hoje reside no espaço é de ex-moradores do Coque que tiveram suas residências desapropriadas por causa do TI ou parentes de moradores da comunidade que dividiam minúsculas casas na Ilha Joana Bezerra.

Agora, depois de alguns anos de ocupação, as novas famílias exigem direito à moradia. “Ocupamos porque não temos onde morar. Ninguém queria estar nessa situação, é muito ruim. Há mais de um ano indenizaram 12 imóveis e sumiram. Não podemos fazer qualquer tipo de melhoria nas nossas casas porque não sabemos o que vai acontecer. Precisamos de uma definição. Ou nos tiram daqui para um habitacional, por exemplo, ou criam infraestrutura de moradia na área. Não podem é deixar do jeito que está”, apela o comerciante Luiz Márcio de Souza. Além do perigo pela proximidade com o pesado e veloz tráfego de veículos no Viaduto Capitão Temudo, os moradores reclamam que as invasão não param de acontecer. “Não há qualquer fiscalização e não podemos assumir esse papel, que é do poder público”, acrescenta.

A responsabilidade pelo problema é dividida entre a prefeitura e o governo do Estado. Este último é quem coordena as obras do TI Joana Bezerra, embora os recursos sejam em sua maioria do governo federal. Por nota, a prefeitura garantiu que realiza monitoramento diário na área para evitar novas ocupações e que desde o inicio da atual gestão quatro novos focos de instalação foram removidos. Já a Secretaria das Cidades não indicou ninguém para falar sobre o assunto.

Foto: Edmar Melo/JC Imagem
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