Tromba-d'água

Banhistas tomam susto com 'mini-tornado' na praia de Piedade

Imagens e vídeos sobre o ocorrido circularam nas redes sociais

Do JC Online
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Do JC Online
Publicado em 01/03/2015 às 16:30
Foto: DALTEIR SIQUEIRA MOURA SOBRINHO/ComuniQ
Imagens e vídeos sobre o ocorrido circularam nas redes sociais - FOTO: Foto: DALTEIR SIQUEIRA MOURA SOBRINHO/ComuniQ
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Atualizada às 21H24

Uma forte rajada de vento, fenômeno chamado de tromba d'água, assustou moradores e banhistas que estavam na praia de Piedade em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR) na tarde deste domingo (1). Vários vídeos e imagens foram publicadas pelos usuários do aplicativo ComuniQ do Jornal do Commercio. Até o momento.

Os usuários de outras redes sociais também comentaram sobre o fenômeno, que denominaram mini-tornado, e publicaram alguns vídeos. Nas imagens é possível ver o susto causado em quem estava na praia no momento do ocorrido. O fenômeno aconteceu em Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, na altura da igrejinha do bairro.

Folhas de coqueiro e objetos voaram e as varandas dos apartamentos ficaram cheias de areia. A meteorologista de plantão da Apac, Edvânia Santos, que analisou os vídeos, explica que o fenômeno se trata de uma tromba-d’água. A tromba ocorre apenas sobre a superfície da água, podendo ocorrer no mar, rios e lagos. Ela observa que o surgimento deste fenômeno está ligado ao aparecimento de nuvens de chuvas e ventos com fortes turbulências.

Apesar da aparência assustadora,  ela não causa grande destruição. Enquanto tornados pode chegar a 200 km/h, trombas d'água chegam no máximo a 80 Km/h.

De acordo com último relatório da Apac, nuvens oceânicas densas têm atingido o litoral no momento. As chuvas devem continuar até esta segunda-feira (2), pois a região está sendo atingida por dois sistemas climáticos: a Zona de Convergência Intertropical e o Vórtice Ciclônico de Altos Níveis, que está se deslocando em direção oeste. O Corpo de Bombeiros não registrou feridos no momento do fenômeno.

“Foi assustador, estava saindo do prédio na beira- mar. Voaram cadeiras, guarda-sóis, as folhas dos coqueiros se soltaram e até uma criança pequena foi jogada pelo forte vento. Muitas pessoas saíram correndo e gritando por socorro”, diz a gestora Vanessa Quechua, moradora do Edifício Julius, na Bernardo Viera de Melo.


Outra coisa que chamou a atenção de quem presenciou a tromba-d’água foi o fato de que a ventania e as nuvens vinham no sentido de Boa Viagem para Piedade. “Impressionante. Nunca vi nada parecido. Vi a ventania passando pelos prédios, levando folhas, areia. Ela se dissipou depois da Bernardo Vieira de Melo quase indo para as três faixas”, lembra o corretor de imóveis, Fernando Souza. Ele mora em Piedade há 10 anos.


A pedagoga Ana Lúcia Oliveira estava na praia de Piedade, quando a tromba-d’água chegou. “Era uma nuvem escura. De repente, o vento começou a girar e a sensação era de que a água do mar estava borbulhando. As ondas giraram forte até o vento sumir”, conta, acrescentando que frequenta a praia naquele local há mais de três décadas e não se lembra de ter ocorrido algo parecido. “As pessoas começaram a correr, quando perceberam que a ventania vinha para a areia. Teve gente que ficou apavorada, mas eu não me assustei”, conclui.

 

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