Moradores da comunidade do Plástico, localizada na Rua Farias Neves, no bairro de Campo Grande, Zona Norte do Recife, estão recebendo apoio da Secretaria-Executiva de Defesa Civil (Sedec) do Recife, que já iniciou um processo de cadastramento das pessoas atingidas, na manhã desta segunda-feira, pelo incêndio que destruiu cem barracos, segundo o Corpo de Bombeiros. Entidades que apoiam a reforma urbana alegam que havia mais barracos na localidade e, dessa maneira, cerca de 300 famílias teriam sido afetadas pelas chamas, controladas por volta das 13h30 – uma hora e meia após os bombeiros chegarem ao local. Não há registros de mortes. Quatro pessoas receberam atendimento por problemas respiratórios causados pela inalação da fumaça, mas nenhuma sofreu queimaduras.
O cadastro das famílias que ficaram desabrigadas foi realizado Escola Municipal Mário Melo, em Campo Grande. “Com base nesse registro, estamos realizando um trabalho de assistência humanitária, oferecendo alimentação e acolhimento”, informa o secretário-executivo de Defesa Civil, coronel Cássio Sinomar.
Ele acrescenta que, para as pessoas desamparadas, há a opção de encaminhamento para o Abrigo Travessa do Gusmão. O alojamento, sob a responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Recife, acolhe a população que passou tragédias que causaram perdas de moradia. Até o momento, contudo, o alojamento não recebeu pessoas afetadas pelo incêndio. A Sedec informa que entregou cestas básicas e colchões às famílias – que, por enquanto, optaram por ficar nas casas de parentes e amigos.
“Estou sem teto. Quero que a prefeitura enxergue a situação e ofereça uma opção de moradia digna. Fiquei tão desesperado com o fogo se espalhando pelos barracos que não consegui trazer documentos, móveis ou objetos. Só quis sair com vida e salvar minha esposa, meu neto e meu cachorro”, disse o servente Givanildo Correia de Melo, que reclamou da demora dos bombeiros. “Se tivessem chegado logo, o estrago não teria sido tão grande.”
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